Cultura

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A primeira edição do concurso “SSA Foto Festival – Um olhar soteropolitano da nossa cidade” foi lançada nesta sexta-feira (15), para premiar fotos que retratem o cotidiano em Salvador. A iniciativa é apoiada pela Prefeitura e co-realizada pelo Shopping Barra, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), o jornal Correio e o site Alô Alô Bahia.

O concurso tem como objetivo fortalecer a capital baiana como destino turístico e estimular reflexões sobre a relação entre os cidadãos e a cidade, por meio da linguagem fotográfica. A inscrição é gratuita e as fotografias que participarão do concurso precisam ser capturadas e postadas a partir desta sexta-feira (15) até o próximo dia 25.

Para a efetivação da candidatura, o participante deverá enviar postagem ao instagram @ssafotofestival, seguir a conta do concurso, e publicar a foto no feed pessoal, convidando o perfil do concurso como colaborador da postagem. As imagens devem ser inéditas e originais, com limite de uma fotografia inscrita por pessoa. Os três primeiros colocados serão premiados com R$5 mil, R$3 mil e R$2 mil, respectivamente.

Os critérios “criatividade e originalidade”, “composição fotográfica e estética”, “qualidade artística” e “pertinência com o tema proposto” serão avaliados pela comissão julgadora. As 30 selecionadas serão expostas de 28 de março a 14 de abril no Shopping Barra, Forte de Santa Maria e Mercado Modelo. Além da exposição a banca julgadora realizará um talk show aberto ao público e um tour especial por Salvador com os 30 fotógrafos selecionados e os jurados.

Para a etapa final, serão escolhidas as três fotografias finalistas ao critério dos curadores, a concorrer em voto popular pela plataforma do site Alô Alô Bahia, do dia 1º a 6 de abril de 2024. As fotografias vencedoras do concurso serão premiadas no dia 7 de abril.

O diretor de Turismo da Secult Salvador, Gegê Magalhães, afirma que o concurso é um convite à população e aos visitantes de mostrarem a cidade a partir de um outro olhar. “Tem uma importância não só na divulgação das belezas da nossa cidade, do nosso povo e de tudo que temos para mostrar em forma de fotografia, mas também para trazer o soteropolitano e o visitante a ter a experiência de registrar tudo que Salvador tem. Não apenas fotos de pontos turísticos, queremos mostrar um lado de Salvador em fotografia que nunca foi visto. Convocamos todos a participar e embarcar nesse projeto conosco”, declarou.

Texto: Ascom/Secult PMS

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Nesta quinta-feira (14), a partir das 18h, acontece no Teatro Sesc Senac Pelourinho o lançamento do documentário "Ocean Ride: da Bahia para a NASA". Produzido pela Equipe Cafeína, formada por jovens universitários baianos que representaram o Brasil de forma inédita na maior maratona de inovação do mundo, a NASA Space Apps Challenge, o documentário apresenta uma jornada inspiradora que captura a conquista do grupo.

O documentário narra ainda a emocionante viagem da equipe aos Estados Unidos, onde foram convidados pela NASA para apresentar a inovadora solução: o dispositivo "Ocean Ride", que tem como objetivo primordial a limpeza dos oceanos, por meio da coleta de microplásticos, abordando assim um dos desafios ambientais mais latentes da atualidade.

Além de destacar a trajetória da Equipe Cafeína desde a Bahia até instituições de renome como Harvard e MIT, o documentário ressalta o compromisso com a educação e o impacto global desta iniciativa. É mais uma comprovação do potencial transformador da juventude baiana e brasileira no cenário nacional e internacional. O documentário foi apoiado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec).

De acordo com a secretária da Semdec, Mila Paes, a cidade possui um grande potencial na geração de talentos e tem se destacado como um polo natural de criatividade, inovação e empreendedorismo. “A Secretaria de Desenvolvimento Econômico acredita muito neste processo para estruturar os novos vetores econômicos da nossa terra, preparando as bases para a economia não só do presente, mas a economia do futuro, que passa por inovação, por tecnologia, por criatividade, por soluções disruptivas, mas principalmente, pelas pessoas, pelo povo soteropolitano”, disse.       

Salvador LAB – No último ano a Semdec lançou o Projeto Salvador LAB, que visa transformar Salvador no maior laboratório empreendedor de alto impacto do Brasil, em uma parceria direta com as universidades, setor público e iniciativa privada na geração de soluções inovadoras que possam potencializar a economia em nossa cidade.

“Iniciativas como a Equipe Cafeína são a prova de que temos boas ideias, que Salvador é uma cidade inovadora e criativa por natureza, que os jovens precisam de oportunidades e, mais do que isso, precisam de apoio e investimento para que ideias com o Ocean Ride não morram e possam acontecer na prática”, explica a secretária.

“É neste sentido que a Semdec se posiciona e é por isso que estamos aqui, mais do que uma apoiadora, mas como entusiasta desses jovens que já fazem a diferença em suas comunidades, que já impactam positivamente a vida de milhares de pessoas e que com certeza irão contribuir para um futuro melhor por meio das muitas soluções que desenvolvem, de Salvador para o mundo”, finalizou.

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Para celebrar os 475 anos de Salvador, que faz aniversário em 29 de março, a Prefeitura preparou um mês inteiro de novidades para a população, beneficiando todas as regiões da cidade nas diversas áreas como saúde, educação, mobilidade e assistência social. A apresentação do pacote de ações de aniversário ocorreu nesta quinta-feira (14), no Teatro Gregório de Mattos (TGM), no Centro, com a presença do prefeito Bruno Reis, gestores municipais, demais autoridades e imprensa.

“Vamos fazer a maior e a melhor comemoração da história da cidade. Este ano é uma data simbólica, na qual Salvador completa 475 anos de fundação no próximo dia 29. É uma quantidade grande de entregas e eventos culturais, que vai durar um mês e acontecerá em toda a cidade. Tudo isso para celebrar o aniversário de Salvador”, declarou o prefeito Bruno Reis.

Serão realizadas 34 ações, entre inaugurações, início das obras de novos equipamentos para a capital baiana e entregas de novas praças, vias e moradias reformadas, num investimento do município de quase R$800 milhões. As entregas já começam nesta sexta-feira (15), com a nova via de ligação Avenida Gal Costa x Pau da Lima, que homenageará o artista plástico Jayme Figura, falecido este ano.

Entre os destaques da programação, está a inauguração do Hospital Municipal Veterinário, em Canabrava, no próximo dia 25; a ordem de serviço para início das obras do Complexo Multiuso Arena Salvador, na Boca do Rio, em 4 de abril; o começo da operação do trecho 2 do BRT, indo até a Estação da Lapa, em 8 de abril; além da entrega do Mercado Municipal, do Ecoponto e do Vale Central do projeto Novo Mané Dendê, no Alto da Terezinha, no dia 5 de abril.

Para seguir aprimorando a rede municipal de ensino, será inaugurada a nova Escola Municipal Clériston Andrade, em Pau da Lima, no dia 26 de março, e serão assinadas as ordens de serviço para demolição e reconstrução das escolas do Calabetão; do Alto das Pombas; e da Maria Constância Moraes de Carvalho, no Lobato. Ainda nessa área, serão entregues as novas quadras da Escolab Coutos.

Para reforçar a assistência social do município, a Prefeitura vai inaugurar duas novas unidades de Restaurante Popular, em Águas Claras e em Periperi, dentro do programa Vida Nova. Na saúde, será inaugurada a nova Unidade de Saúde da Família (USF) da Polêmica, em Brotas. E para ampliar a oferta de mercados populares da capital baiana, será entregue o novo camelódromo de São Cristóvão.

A programação vai até o dia 12 de abril, com praticamente uma ação por dia. No dia do aniversário de Salvador, 29 de março, que também será feriado de Sexta-Feira Santa, a festa será no Cabula e em Luís Anselmo, com a entrega dos campos de grama sintética Colina das Árvores e Baixão, respectivamente. Ao todo, serão oito campos inaugurados em diferentes pontos da cidade ao longo deste mês.

Calendário de entregas:

MARÇO

Dia 15 – Entrega da ligação viária Gal Costa x Pau da Lima

Dia 18 – Entregas do novo Restaurante Popular em Águas Claras e contenções de encostas das ruas Carlos Marighella (São Marcos), Pedro Ivo e Avenida Teles (Caixa D’Água)

Dia 19 – Assinatura da ordem de serviço para implantação das alças do viaduto de Pirajá

Dia 20 – Entrega da requalificação do entorno da Igreja Nossa Senhora dos Alagados

Dia 21 – Assinatura da ordem de serviço para demolição e reconstrução da Escola Municipal Maria Constância Moraes de Carvalho

Dia 22 – Entrega da nova via em Praia do Flamengo

Dia 23 – Entrega dos campos de grama sintética Pontal (São João do Cabrito), Santa Maria (Mirante de Periperi) e Rua Ivan Barreto de Carvalho (Stiep)

Dia 24 – Entrega do campo de grama sintética do Calombão (Alto da Torre)

Dia 25 – Inauguração do Hospital Municipal Veterinário de Salvador (Canabrava)

Dia 26 – Entrega da nova Escola Municipal Clériston Andrade (Pau da Lima)

Dia 27 – Entrega da requalificação da Rua Manoel Philomeno Miranda (Pituba)

Dia 29 – Entrega dos campos de grama sintética da Colina das Árvores (Cabula) e Baixão (Luís Anselmo)

ABRIL

Dia 1º - Assinatura da ordem de serviço para Demolição e reconstrução da Escola Municipal do Calabetão

Dia 2 – Inauguração da nova Unidade de Saúde da Família (USF) Polêmica (Rio Vermelho) e da urbanização de áreas livres do BRT (estações Hiper e Cidadela)

Dia 3 – Entrega das novas quadras da Escolab Coutos

Dia 4 – Assinatura da ordem de serviço para construção do Complexo Multiuso Arena Salvador (Boca do Rio)

Dia 5 – Inauguração do Mercado Municipal, Ecoponto e Vale Central II do Mané Dendê (Alto da Terezinha)

Dia 6 – Entrega do campo de grama sintética do Areal (Ribeira)

Dia 7 – Entrega do campo de grama sintética do Pela Porco (Paripe)

Dia 8 – Início da operação do trecho 2 do BRT

Dia 9 – Inauguração do novo Restaurante Popular de Periperi

Dia 10 – Inauguração do novo Camelódromo de São Cristóvão

Dia 11 – Assinatura da ordem de serviço para demolição e reconstrução da Escola Municipal Alto das Pombas

Dia 12 – Entrega da requalificação das praças do Campo Grande e da Aclamação

Durante o mês – lançamento da licitação de requalificação do novo Teatro Vila Velha e da nova Avenida Lafayete Coutinho (Contorno), e início da urbanização da comunidade do Pé Preto (Nordeste de Amaralina)

Reportagem: Vitor Villar / Secom PMS

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Para celebrar os 475 anos de Salvador, o Festival Viva Salvador acontece entre os dias 16 de março e 7 de abril, com muita música, arte, lazer, esporte e gastronomia em toda a capital baiana. A programação completa foi apresentada nesta quinta-feira (14) pelo prefeito Bruno Reis e integrantes da gestão municipal.

Transmitido para todo o país pelo segundo ano seguido, o encerramento do Viva Salvador, na Praça Maria Filipa (antiga Praça Cairu, no Comércio), no dia 6 de abril, fica por conta de Carlinhos Brown, Seu Jorge, Larissa Luz, Luedji Luna e Banda Didá. Este ano, a apresentação será montada em celebração à cultura negra, no âmbito do Salvador Capital Afro.

“Com esta programação, somada à quantidade de entregas, iremos fazer o maior e melhor aniversário da história dessa cidade. São tantas iniciativas que a gente precisa de um mês para celebrar. Quinze dias antes do aniversário (em 29 de março), a partir de amanhã, e 15 dias após, o povo de Salvador, nas mais diversas áreas da cidades, vai ter muitos motivos para comemorar. Efetivamente, eu tenho dito que esse ano de 2024 será o melhor da história da cidade”, disse o prefeito.

“Mais uma vez, nossa cidade vai estar nas manchetes de todo o Brasil. É a única cidade brasileira com cobertura nacional do seu aniversário. Com artistas negros e a participação dos blocos afro. Vamos mostrar para o Brasil e o mundo a pujança do povo negro da nossa cidade”, acrescentou Bruno Reis.

O secretário municipal de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, afirmou que o festival foi idealizado principalmente para a população local. “Esse é um evento que dá muito gosto de fazer parte e pensar as diretrizes. A gente passa o ano inteiro pensando muito nos turistas, no verão – o que precisa ser um foco sempre, afinal é nossa maior atividade econômica –, mas esse festival é muito para a população de Salvador. O Viva Salvador é uma festa de soteropolitanos para soteropolitanos que os turistas vêm participar”, disse.

O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, reforçou o caráter do Viva Salvador como um evento com foco sobretudo no povo soteropolitano. “Para ser uma cidade turística, ela precisa primeiro ser muito boa para quem vive nela. A administração do prefeito Bruno Reis segue isso à risca”, apontou. Toda a programação pode ser conferida no site do festival (festivaldacidade.salvador.ba.gov.br).

Música - Os shows do festival já começam no próximo final de semana. No sábado (16), Xanddy Harmonia se apresenta em Paripe, a partir das 18h, na Praça João Martins. No mesmo dia, às 19h, no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, Sylvia Patrícia convida Sandra de Sá e também se apresenta o projeto Ópera Buffa, com Jonga Cunha, Rafa Chaves e Rafa Jardim. No domingo (17), também no Largo da Mariquita, dessa vez a partir das 17h, é a vez do projeto Ubaque, com Pedro Pondé e Tiri, além do show de Alexandre Leão.

No final de semana seguinte, a Praça da Cruz Caída recebe, na sexta-feira (22), a partir das 16h30, DJ Belle, além de Márcia Castro e convidados na gravação de audiovisual da Roda de Samba Reggae. No sábado (23), no mesmo horário do dia anterior, estão escalados DJ Belle, Nêssa convida Sambaiana, e Duda Diamba.

Já a Praça do Campo Grande será o cenário para os Bailes da Cidade - no sábado (23), com as orquestras Paulo Primo, Zeca Freitas e a orquestra de Câmara de Salvador (com regência do maestro  ngelo Rafael); enquanto no domingo (24), tocam as orquestras Fred Dantas e Sérgio Benutti, além do show de Roberta Campos tendo Beto Guedes como convidados. Os shows começam às 17h nos dois dias.

Lincoln, DJ Xirita e Vanessa Borges fazem a festa no Food Park Salvador Boca do Rio, a partir das 18h do sábado (23) e o já tradicional projeto Vamos Ver o Pôr do Sol, com a banda Jammil, acontece no domingo (24), na Ponta do Humaitá. Também no domingo, o famoso Pranchão com o Mudei de Nome desfila pela orla do Parque dos Ventos, a partir das 11h.

No último final de semana do festival, Psirico e Magary Lord vão sacudir Cajazeiras na sexta (5), às 18h, e a Banda Mel faz um show especial de 40 anos no domingo (7), às 12h, no Parque da Cidade.

Ainda no dia 24 de março, a partir das 8h, acontece a Lavagem do Parque, no Parque da Cidade, que terá show com banda de fanfarra, Tio Paulinho, Feira de Arte, Cultura e gastronomia, Babado Novo convidando Pierre Onassis e Marcia Freire, além de apresentação de capoeira, entre outras ações.

Boca de Brasa – No ano em que a Fundação Gregório de Mattos (FGM) chega aos 38 anos, acontece nos dias 21, 22 e 23 de março a 7ª edição do Movimento Boca de Brasa, no Quarteirão das Artes na Barroquinha. Serão 50 horas de programação, com a ocupação de sete espaços culturais. Entre as atividades, haverá painéis, shows, apresentações artísticas, exposições, rodada de negócios e feira de empreendedores. Dos 40 painelistas que participam da programação, estão MV Bill e Ronald Pessanha.

“Eu considero o Boca de Brasa um dos projetos mais vitoriosos da gestão. Além da parte de shows, há uma proposta de pensar e discutir a cidade, que tem um movimento nos bairros, periférico, muito forte. Salvador tem um miolo que a gente fala muito pouco. É importante que a cultura embarque nesse projeto de entender Salvador como uma cidade múltipla”, afirmou Fernando Guerreiro, presidente da FGM.

O grupo de teatro Aláfia vai apresentar o espetáculo A Cidade da Bahia é Nossa, no Largo do Pelourinho, nos dias 15 e 22 de março, além de 5 de abril, sempre às 19h.

Mulher – Ações da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) também integram a programação especial de aniversário de Salvador. Reunindo vários serviços municipais em único lugar, a Caravana da Mulher acontece no dia 6 de abril, na Casa do Caminho, em Sussuarana, das 8h às 12h. A iniciativa integra o Programa Alerta Salvador e oferece às mulheres acessos a serviços de forma itinerante, entre eles Cadúnico, Cartão SUS, Primeiro Passo, marcação de exames para a mulher, atenção à mulher vítima de violência doméstica, vagas de emprego, espaço de beleza e para crianças.

Também no dia 6 de abril, a Expo Mulher ocorre no Largo do Santo Antônio Além do Carmo, entre 16h e 21h. O objetivo da ação é fortalecer a autonomia econômica das mulheres, além de fomentar o empreendedorismo e possibilitar a divulgação das empreendedoras através do “Compre Delas”, plataforma digital criada para anúncio de venda.

Esportes – Dentro da programação esportiva, haverá neste domingo (17) a Corrida da Mulher, com percurso do Farol da Barra à Vila Caramuru, no Rio Vermelho. A largada será às 7h e as inscrições podem ser feitas no site partik.com.br/corrida-da-mulher. No dia 24 de março, acontece outra corrida, no Rio Vermelho: a Salvador 10 Milhas – 6ª Corrida da Advocacia. Haverá provas de cinco e dez milhas. As inscrições podem ser feitas no site salvador10milhas.com.br.

Já nos dias 30 e 31 de março, o Porto da Barra recebe uma competição internacional: o Oceanman, campeonato de natação de águas abertas. Por fim, no dia 7 de abril, acontece o Pedal da Cidade, passeio ciclístico pela orla Atlântica da cidade. A concentração é às 8h, no Parque dos Ventos.

Reportagem: Rodrigo Aguiar / Secom PMS

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Como parte da programação do Festival da Cidade, celebrando os 475 anos da capital baiana, a companhia Aláfia Cia de Teatro de Salvador, que também comemora dez anos de existência, traz de volta o espetáculo "A Cidade da Bahia é Nossa!". As apresentações são gratuitas e ocorrem nos dias 15 e 22 de março e 5 de abril, com saída do Largo do Pelourinho, a partir das 19h, indo até o Terreiro de Jesus.

O evento marcou o público durante várias temporadas no Pelourinho, entre 2017 e 2020, trazendo uma proposta cênica inovadora concebida por Edvard Passos, responsável pela direção e dramaturgia. O musical itinerante de rua é o resultado prático da tese de doutorado de Passos sobre as relações entre teatro e carnaval na capital baiana.

“A ideia nasceu da peça 'O Compadre de Ogum', que estava furando a barreira do teatro espacialmente para fazer parte do calendário festivo de Salvador. A partir daí, tive duas vontades: fundar um bloco de carnaval sobre os Pastores da Noite, com aqueles bondes trio elétrico da década de 30, 40, em que os integrantes do bloco fossem dos personagens do Jorge Amado, e adaptar 'A Morte e a Morte de Quincas Berro D´Água' para o teatro na rua itinerante. Juntei as minhas duas vontades e formei esse musical de rua carnavalesco itinerante”, conta o artista.

Com direção musical de Luciano Bahia e um elenco talentoso de atores baianos, o desfile promete proporcionar uma experiência única e emocionante, recheada de realismo fantástico para destacar a enorme riqueza do patrimônio cultural material e imaterial da Bahia e sua capital.

“Salvador tem uma poética própria, do seu tempo, de sua espacialidade e da sua gente. Marcar a existência e celebrar a existência dessas construções ritualísticas, através do festival de Salvador é muito importante, é uma maneira de você apresentar a cidade como ela é”, ressaltou o dramaturgo.

A programação de comemoração dos dez anos da Aláfia foi contemplada pelo edital Gregórios - Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Matos (FGM), Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.

Reportagem: Iann Jeliel/Secom PMS

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A Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai recebe nesta sexta-feira (8), a partir das 17h, uma serenata aberta ao público em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. O espaço funciona na Rua Alagoinhas, 33, Rio Vermelho, e o ingresso custa R$20 (inteira) e R$10 (meia) – benefício estendido para moradores de Salvador mediante apresentação do comprovante de endereço.

Serão realizadas apresentações em vídeo, músicas, prosa e histórias que fazem reverência ao legado da escritora. O sarau lembrará a mesa musical “As Amadas Canções”, realizado para Jorge Amado na época da primavera dos museus.

Maria João Amado, neta de Zélia e Jorge Amado e organizadora do evento ao lado da cantora Guida Moira, exalta a importância de apresentar a escritora para as pessoas que ainda não a conhecem. “Zélia foi uma mulher à frente do seu tempo, que acreditava que as pessoas não têm prazo de validade. Mesmo casada com uma das maiores personalidades mais importantes do século XX, nunca se colocou atrás de Jorge, sempre ao lado”, comentou.

Ela ainda salienta o valor da cultura e da arte como um local onde o oprimido pode mostrar a sua voz. “Historicamente, as mulheres tentaram ser silenciadas e apagadas na cultura e na arte, mesmo estando sempre presentes, nem que fosse com pseudônimos. Isso mostra como a arte é uma forma de trazer conquistas para as mulheres e atingir os seus sentimentos”, completou.

Perfil – Zélia Gattai Amado de Faria (1916-2008) foi uma escritora, fotógrafa e memorialista. Começou a escrever com 63 anos e estreou na literatura com o livro de memórias "Anarquistas Graças a Deus". Em 2001, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira nº 23, a mesma que pertenceu ao marido Jorge Amado. Casada com o escritor baiano durante mais de 50 anos, viveram em Salvador na casa onde hoje é o espaço cultural.

Reportagem: Iann Jeliel/Secom PMS

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Após uma temporada de grande sucesso, o projeto Clube da Cena está de volta para a sua 8ª edição. A iniciativa, realizada pela companhia de teatro Os Argonautas e pelo professor, ator e diretor Harildo Deda em parceria com a Fundação Gregório de Mattos (FGM), é um espaço para o aperfeiçoamento e treinamento das técnicas de interpretação por meio de exercícios, pesquisas e estudos.

As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas através do formulário disponível no link https://forms.gle/DNVBoZBm594ceKkLA. As aulas terão início ainda no mês de março e serão ministradas no Espaço Cultural Boca de Brasa, localizado na Ladeira da Barroquinha, no Centro Histórico de Salvador.

O tema desta 8ª edição será Cena Brasileira, e se desenvolverá nos meses subsequentes através de aulas e ensaios conduzidos por Marcelo Flores e Alethea Novaes, além de aulas especiais, palestras e rodas de conversa com profissionais convidados com trajetória marcante no teatro brasileiro e na cena local.

“Essa edição é uma continuidade da parceria com a FGM do trabalho desenvolvido em 2023 e é dedicada ao teatro brasileiro, com personagens e cenas de obras primas da dramaturgia nacional e espetáculos que são patrimônio cultural de nossa história, formação e identidade”, explica Marcelo Flores, diretor do projeto.

As sete edições anteriores resultaram em leituras encenadas e espetáculos com atores convidados, e esta é a primeira com inscrições abertas para seleção de participantes. Ao final do curso, o grupo apresentará ainda um espetáculo inédito criado a partir do estudo desenvolvido no projeto.

Titular da FGM, Fernando Guerreiro destacou a importância do trabalho do Clube da Cena: “O trabalho do grupo é primoroso, porque prioriza os atores e dá a eles uma base técnica para que possam ter consciência apurada da interpretação. É uma oportunidade única e imperdível”, relata o gestor.

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A Casa das Histórias de Salvador (CHS), primeiro centro de interpretação do patrimônio da capital baiana, e o Arquivo Municipal de Salvador foram oficialmente entregues aos soteropolitanos nesta segunda-feira (29). Com um acervo digital e físico, os equipamentos vão apresentar uma nova narrativa sobre os quase cinco séculos da cidade, destacando as histórias, saberes e fazeres de pessoas comuns, geralmente ignorados pela história oficial. Os espaços foram inaugurados nesta segunda-feira (29) pelo prefeito Bruno Reis, acompanhado do secretário da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, demais autoridades municipais e imprensa.

No discurso, o prefeito Bruno Reis ressaltou que o CHS e o Arquivo Municipal são um marco importante para a preservação da memória de Salvador e do Brasil. “Eles vão marcar de forma definitiva a história de nossa cidade. A Casa das Histórias era aquele casarão abandonado do passado e que agora virou um dos mais bonitos de Salvador, e ainda estamos inaugurando esse prédio de 12 andares, que foi totalmente construído. Um povo que não preserva seu passado não tem como construir o seu presente e o seu futuro. Está aí a nossa história para os nossos filhos”, declarou.

Localizada no Comércio em um casarão centenário que foi completamente revitalizado, a CHS tem como foco a contribuição das pessoas negras e indígenas para a formação da cidade. O espaço é um convite à população para participar ativamente e refletir acerca dos sentidos, da memória e do futuro da capital baiana. O investimento municipal no complexo foi superior a R$93 milhões.

Nos quatro andares, a Casa das Histórias irá proporcionar uma imersão na cidade de Salvador, quer seja através de suas festas populares, com o curta-metragem “Traçando festas”, quer seja acessando parte do acervo do Arquivo Público Municipal, um prédio de 12 andares integrado à Casa das Histórias. O acervo possui mais de 4 milhões de documentos que retratam a história de Salvador, da Bahia e do Brasil, além de 193 mil itens documentais, como fotografias e matérias históricas – todo esse material, que estava em processo avançado de degradação, foi 100% recuperado e digitalizado.

Para o secretário Pedro Tourinho, o novo equipamento cultural irá promover uma reflexão acerca da memória da cidade. “A Casa das Histórias de Salvador é o espaço em que a cidade conta sua própria história. Por entre memórias escritas, orais, ecológicas e visuais podemos fazer uma viagem inspiradora pelas narrativas que nos constituíram enquanto cidade e povo que se mostra e se pensa”, afirmou.

Construção popular – Interligando os quatro andares, as “Escadas do Patrimônio” refletem a riqueza histórica e cultural de Salvador, representadas em 50 imagens de cenas e ícones da cidade, decoradas em 600 azulejos, com curadoria de José Eduardo Ferreira Santos, fundador do Acervo da Laje, espaço de memória artística, cultural e de pesquisa, situado em São João do Cabrito. A Casa das Histórias também terá representações das paisagens naturais da cidade, através de imagens acompanhadas de uma trilha sonora original, e um espaço com destaque para a formação geográfica de Salvador, com uma maquete topográfica do Centro Histórico da cidade.

Projeto – O equipamento municipal é gerido pela Secult e contou com museografia assinada pela curadora Ana Helena Curti, do consórcio Memorar. Além disso, foi financiado com recursos do Prodetur.

Ana Helena explicou que a proposta do espaço é provocar experiências mais diversas como a sonora, sensorial e de imersão em projeções. “A ideia é trazer para a Casa das Histórias outros pontos de vista e conteúdos que provavelmente as pessoas ainda não conhecem. Isto para que elas possam conhecer e somar ao imaginário que já tem. Então a gente traz o que o povo soteropolitano pode contribuir com a cidade. Temos pessoas que deram depoimentos, se envolveram no processo de conteúdo porque fazemos tudo com as pessoas”, enfatizou.

Ambientes – A CHS apresenta uma narrativa nova sobre os quase cinco séculos de Salvador, utilizando conteúdos digitais e um acervo físico que incluem saberes e fazeres das pessoas comuns, normalmente não abordados pela história oficial da cidade, ressaltando a contribuição negra e indígena para a formação da primeira capital do país, de modo a convidar os visitantes a participar ativamente da reflexão acerca dos sentidos da memória e do futuro da capital baiana.

No térreo da Casa, o visitante encontra a recepção, a loja da CHS, o mapa do patrimônio mundial natural e cultural da Unesco, bem como texto Manifesto do equipamento. No 1º andar, uma representação do patrimônio natural de Salvador, concebida por meio de uma experiência imersiva na qual as paisagens naturais da cidade (as tonalidades da luz solar, o mar da Baía de Todos os Santos, a flora e da fauna da Mata Atlântica e da Restinga, os rios e lagoas) são expostos a partir de imagens poeticamente criadas e acompanhadas por uma trilha sonora original.

Subindo mais um andar, a formação da geografia de Salvador é aludida através de uma maquete topográfica do Centro Histórico da cidade (seu núcleo formador), onde são sinalizados 24 pontos do patrimônio local. Sobre a maquete, duas projeções mapeadas em painéis suspensos apresentam imagens em movimento percorrendo toda a extensão urbana que contém os demais bairros, até os limites da capital.

O mesmo pavimento conta ainda com 48 conteúdos em que 24 “diálogos do patrimônio” relacionam localidades da cidade aos pares em função de certas conexões históricas que os vinculam, a exemplo da Barroquinha e do Engenho Velho da Federação, ligados por terem sido os territórios onde foram erguidos os primeiros terreiros de candomblé.

Já no 3º andar o público é convidado para duas experiências: assistir ao curta-metragem “Trançando Festas”, sobre as festas de largo da cidade, em um painel de LED em frente à arquibancada do pavimento; e conhecer os 24 retratos de mulheres, homens e crianças comuns, de diferentes etnias, faixas etárias, territórios e atividades profissionais, que assumem o protagonismo de narrar os fatos e expressões culturais que inspiram seu sentimento de pertencimento à cidade.

O 4º e último andar, que se liga ao novo prédio do Arquivo Público Municipal, possui uma área dedicada a apresentar parte do acervo do arquivo, bem como a história do prédio centenário que abriga a CHS, restaurado das ruínas para este fim. Em outro espaço deste pavimento, há uma área para exposições temporárias, que recebe em uma sala a expo Mundos do Trabalho; e em outra, peças do Acervo da Laje.

Interligando os quatro andares, as “Escadas do Patrimônio” refletem a riqueza histórica e cultural de Salvador, representadas em 50 imagens de cenas e ícones da cidade (roda de capoeira, tabuleiro de baiana do acarajé, pesca com rede), decoradas em 600 azulejos, com curadoria de José Eduardo Ferreira Santos, fundador do Acervo da Laje.

No que diz respeito à acessibilidade, a CHS tem peças elaboradas com relevos e texturas que favorecem a visita de pessoas com deficiência visual, além de mapa e QR Code táteis, audioguia descritivo, videolibras, textos em braile e pictogramas – conteúdos representados por figuras que facilitam a compreensão de crianças, pessoas com déficit cognitivo e doenças mentais.

Funcionamento – A Casa das Histórias funcionará de terça a domingo, das 10h às 18h, com última entrada às 17h. Os ingressos para visitação podem ser retirados através do Sympla, com entrada gratuita até 31 de março.

Novo polo histórico-cultural – O prefeito Bruno Reis destacou que, graças aos investimentos recentes, a região da Praça Cairu já é uma das zonas culturais mais importantes de Salvador. Além da Casa das Histórias, o município está construindo a Casa de Espetáculos e a Escola de Arte, prédios anexos à Cidade da Música, equipamento que também foi entregue na atual gestão. Ali também está o Mercado Modelo, recentemente revitalizado, que agora possui a Galeria Mercado. Além disso, o Polo de Economia Criativa Doca 1 e o Hub Salvador também ficam próximos, na Avenida da França.

“Fazer esse nível de investimentos não foi fácil, mas está aí, entregue, mais um legado que nós vamos deixar para a história de Salvador. Aqui, teremos cinco equipamentos. Nós já entregamos três e mais dois estão em construção. Aqui, será o principal quarteirão cultural do Brasil. Com todos eles juntos, vamos nos fortalecer e nos consolidar no turismo. No passado, a gente oscilava entre terceiro e segundo destino do país. Mas, para 2024, Salvador é a cidade mais desejada do Brasil pelos brasileiros, de acordo com o Ministério do Turismo”, ressaltou Reis.

O prefeito citou ainda outras conquistas da cultura soteropolitana que tiveram a realização da Prefeitura. “Nós entregamos o Memorial do 2 de Julho, na Lapinha, para comemorar os 200 anos da Independência da Bahia. O Muncab, Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, que se arrastava há 20 anos, entregamos em novembro passado. Vem aí o novo Teatro Vila Velha, o novo Cine Excelsior e a nova Senzala do Barro Preto, sede do Ilê Aiyê”, elencou.

“Nós entendemos a importância da cultura. Não apenas por valorizar a nossa história, mas pelo potencial e pelo caldeirão cultural que é Salvador. Todos os principais movimentos de cultura do Brasil são liderados por artistas baianos, desde a Tropicália, passando pela Bossa Nova, e chegando à revolução que o Axé Music promoveu. E tudo isso gera emprego, gera renda, gera oportunidades para os soteropolitanos”, finalizou Bruno Reis.

Reportagem: Joice Pinho / Secom PMS

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Neste domingo (21), é celebrado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Para destacar a data, uma atividade será realizada no Parque Pedra de Xangô, a partir das 9h, com um grande Xirê e ritual de plantio de baobá ao som do Afoxé Omorobá e do Samba das Obás. O evento, organizado por Mãe Diala, do Ilê Asè Baba Ulufan Alá, e Pai Josias do Ilê Asè Obá Paleomon, contará com a presença das Matriarcas da Pedra de Xangô.

A Pedra de Xangô é um sítio natural sagrado afro-brasileiro, sede de uma Área de Proteção Ambiental e patrimônio cultural reconhecido pela Fundação Gregório de Mattos - FGM e patrimônio geológico de relevância nacional reconhecido pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM. O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa é uma homenagem a Mãe Gilda de Ogum, do Ilê Axé Abassá de Ogum, localizado no Abaeté, que faleceu no dia 21 de janeiro de 2000, há 24 anos, em decorrência de problemas de saúde oriundos de agressões morais frutos da intolerância religiosa.

A advogada, mestra e doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Maria Alice Pereira da Silva, é autora do livro "Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro", que compôs o dossiê de tombamento da pedra enquanto laudo etnográfico. Ela lembra que, lamentavelmente, o espaço, como o primeiro no Brasil a ostentar o nome de um Orixá, tem sido alvo de diversos atos de racismo religioso e intolerância religiosa.

“Dia 21 de janeiro não é dia de comemoração, mas de reflexão e mobilização pelo fortalecimento da luta contra o racismo religioso e intolerância religiosa. A Pedra de Xangô é um centro de convergência de diversos rituais privados, semipúblicos e públicos de uma gama de comunidades de terreiros que se comunicam e se conectam em rede. É, ainda, o lugar e a linha em que é tecida a teia dos terreiros de Salvador, tornando-se encruzilhada religiosa, comunitária e política do Povo de Terreiro da Cidade”, reforça a advogada.

Em Salvador, a Secretaria Municipal de Reparação (Semur) conta com uma série de ações que beneficiam religiões de matriz africana na cidade, em parceria com a sociedade civil através do Conselho Municipal das Comunidades Negras (CMCN).

Lembrança - O coordenador de Ações Transversais da Semur, Eurico Alcântara, é pai de santo do Terreiro Aloyá, também no Abaeté, e conviveu com Yá Gilda. “Relembrar esta data para mim que conheci e convivi com a Yá Gilda, é fazer uma viagem não só ao ano 2000, quando tudo aconteceu, mas há anos 70, quando a conheci. Ela é lembrada não só dia 21, mas todos os dias, pois passo sempre pelo busto e vivo isso todo dia. Quando hoje vemos que o ódio religioso ainda é instigado por alguém, assusta”, disse.

Alcântara conta que, como sacerdote de matriz africana, a intolerância é sentida na pele todos os dias. “As ações da Semur estão mudando isso, nós estamos trabalhando isso, mas ainda percebemos em alguns setores o quanto a gente ainda é discriminado, e isso machuca. É importante estar todo dia fazendo esse trabalho, a Prefeitura tem feito isso, quando nos permite ter o PCRI, quando traz o Conselho Municipal de Comunidades Negras (CMCN) e essa pluralidade diversa. Para nós, o 21 de janeiro é todos os dias”, salientou.

“As pessoas precisam saber que a luta é todos os dias. A intolerância fere e mata. Se tem uma coisa que é devastadora na vida de um ser humano é a intolerância, principalmente religiosa”, afirma o coordenador. “Nós lutamos em prol da mulher, pelos orixás, inquisses, voduns, pelos encantados, e pela pessoa humana que são as ialorixás, as mulheres de maneira geral, e os homens”, concluiu.

Data significativa - Para o presidente do Conselho Municipal das Comunidades Negras (CMCN), vinculado à Secretaria Municipal da Reparação (Semur), Evilásio Bouças, embora a data seja referência devido a um ato que vitimou Yá Gilda, “se criar um dia específico para se discutir, para se fazer manifestações e chamar atenção da população, mostra que precisamos estar a todo instante chamando a atenção, através dessas ações, com caminhadas, dias específicos, para que a gente consiga conscientizar o ser humano da necessidade do respeito ao outro. Essa data é muito significativa para nós, que estamos nesses espaços, trabalhando para a eliminação do racismo, da intolerância e demais formas de preconceito, por uma sociedade mais justa e igualitária”.

Ele destaca a importância do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. “A data não é uma comemoração, mas um dia para chamar atenção para que se busque ações, políticas públicas, conscientização das pessoas sobre esse tema que é tão doloroso. A gente precisa respeitar o outro, a diferença, a orientação religiosa, o que o outro acredita como importante para você”, finalizou Bouças.

Racismo institucional – Na Semur, há uma série de iniciativas voltadas para combater a intolerância. O carro-chefe do órgão é o Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), que vem trabalhando a relação internamente nas secretarias.

Hoje, além do PCRI, a Semur atua com o cadastramento de terreiros, que é considerada uma ação efetiva, com o reordenamento e credenciamento com seus nomes oriundos da sua natureza e não fictícios para ocultar sua crença. Além do cadastramento, é feito um mapeamento com georreferenciamento dos terreiros em parceria com a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e a Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), que garante isenção fiscal para vários desses espaços religiosos na cidade.

Neste período de Carnaval, é instituído o Observatório da Discriminação Racial, que funciona coletando denúncias, dando apoio institucional e auxiliando no encaminhamento da vítima ao Ministério Público ou Defensoria Pública.

Outro ponto positivo é o Selo da Diversidade Étnico-Racial, onde são desenvolvidas ações de equidade racial e sensibilização das instituições. Ao final do período de avaliação, as empresas recebem uma certificação, que é renovada anualmente e pode vir a ser cancelada se houver descumprimento das diretrizes. Além disso, já está em vigor o Estatuto da Igualdade Racial, regulamentado em novembro de 2021, com ações já colocadas em prática pela Semur.

Em 2023, foi sancionada a Lei 14.532, que equipara a injúria racial ao crime de racismo e protege a liberdade religiosa, com pena de dois a cinco anos para quem obstar, impedir, ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas. A pena será aumentada a metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, além de pagamento de multa.

Conselho – O Conselho Municipal da Comunidade Negra (CMCN) é composto por representantes da sociedade civil. O presidente Evilásio Bouças destaca a presença de representações que acompanham as políticas públicas desde 2004. Além de acompanhar as ocorrências recebidas na secretaria, também atua como um ouvidor social. Graças a isso, hoje diversas ruas no entorno dos terreiros receberam requalificação asfáltica, nova iluminação, além de participar das ações da Prefeitura no âmbito interno.

A atuação do conselho também é importante no combate ao preconceito. Bouças confessa que sente mudanças no combate à intolerância em Salvador, mesmo que mínimas, mas que os debates inter-religiosos, as ações do Ministério Público e a divulgação na mídia ajudam no enfrentamento. E os pedidos de auxílio aumentaram, principalmente “devido ao entendimento equivocado de ‘livre arbítrio e liberdade de expressão’ e do conservadorismo exacerbado”. As vítimas entram em contato com o CMCN através de telefone ou e-mail e, a partir daí, é feito todo o encaminhamento necessário.

Hortas de Folhas Sagradas – Ainda em parceria com a Prefeitura, uma iniciativa conjunta com a Secretaria de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) também tornou possível um estudo de viabilidade técnica para criação de hortas nos terreiros. Nos espaços religiosos, deve ser feito o plantio de mudas específicas e que são comumente utilizadas nos cultos e rituais das religiões de matriz africana.

Entre hortaliças para consumo gastronômico e folhas utilizadas em cultos de religiões de matriz africana, as mudas disponíveis no plantio incluem manjericão, alfazema, alecrim, lavanda e hortelã. Até o final do primeiro semestre deste ano, outras três hortas sagradas devem ser entregues em terreiros da cidade.

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