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Para ajudar mulheres a fomentar os seus negócios, a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit), juntamente com a Secretaria Municipal de Política para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) promoveu, nesta quarta-feira (29), no Espaço Colabore, no Parque da Cidade, a apresentação da ferramenta Google Meu Negócio e como ela pode ser útil para as empreendedoras soteropolitanas.

Na oportunidade, as participantes aprenderam a criar uma conta na ferramenta digital e a configurar as informações da sua empresa no Google Meu Negócio. A capacitação teve como tema principal "A importância da mulher na economia e na transformação digital", ressaltando como a tecnologia pode ajudar as empreendedoras a ampliar os seus negócios.

A lojista Rejane Lima, moradora do bairro de Itapuã, conta que é dona do seu próprio negócio há três anos e enxerga na capacitação uma oportunidade de alavancar as vendas. “Conhecimento nunca é demais. Eu vejo aqui uma oportunidade de crescer minhas vendas principalmente no ambiente digital. Estar familiarizada com a tecnologia e os seus avanços certamente trará um diferencial para o meu trabalho”, conta.

De acordo com Fernanda Lordêlo, secretária da SPMJ, o contato com as ferramentas digitais é fundamental para a expansão dos negócios femininos. “Para empreender no campo da internet, muitas mulheres precisam ampliar o letramento digital, principalmente as que recorrem ao empreendedorismo como forma de desenvolvimento de renda. Conhecer o Google Meu Negócio e o seu conjunto de ferramentas é fundamental para que as mulheres ampliem o sucesso dos seus negócios no campo do digital e consigam alcançar um maior número de compradores”, disse.

Para o diretor de Inovação Municipal, Luis Gaban, "a inovação é fundamental não apenas para manter as empresas competitivas no mercado, mas também para aumentar a sua lucratividade e melhorar a qualidade de vida das pessoas", disse.

"É com essa visão e objetivo que estamos trazendo uma oportunidade para que as mulheres empreendedoras conheçam estratégias inovadoras e se conectem com os seus clientes e aumentem a sua visibilidade na internet. Hoje elas vão entender como usar a inteligência artificial para divulgar os seus negócios, economizar tempo e recursos, além de melhorar a experiência do cliente", acrescentou Gaban.

No mesmo evento, as soteropolitanas tiveram contato com a ferramenta de inteligência artifical ChatGPT. "É a primeira vez na história que temos tecnologia de ponta, como o ChatGPT, ao alcance de todas as camadas da população e nos sentimos na obrigação de contribuir para que as mulheres empreendedoras de Salvador sejam pioneiras no uso da inteligência artificial para alavancarem os seus negócios", concluiu o diretor.

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A prefeitura de Salvador está em fase de conclusão dos estudos para verificar a viabilidade de construção da Arena Multiuso no local planejado, informou nesta quarta-feira (29) o prefeito Bruno Reis. O equipamento terá capacidade para 12 mil pessoas.

“Já temos o projeto conceitual, já tem mais ou menos o local definido. Estamos concluindo sondagens, topografia, para ver se a arena pode ser implantada na área que pretendemos. Enquanto isso, os projetos complementares estão sendo desenvolvidos. Vou tomar a decisão após o resultado dessas sondagens”, disse o chefe do Executivo soteropolitano, durante anúncio do início da implantação do primeiro hospital materno infantil municipal.

O gestor municipal lembrou que a cidade não conta com uma estrutura desse tipo desde a demolição do antigo ginásio Balbininho. “A cidade hoje carece de um grande equipamento como esse, desde a demolição do Balbininho não temos uma grande arena esportiva”, destacou.

O prefeito ressaltou que o novo espaço poderá, além de receber competições e eventos esportivos, ser palco para grandes shows na capital baiana. “A arena vai poder receber grandes shows, porque será construída com tratamento acústico, além de competições e eventos esportivos internacionais”, afirmou.

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Ocorre neste domingo (2) o Pedal da Cidade, evento de ciclismo que integra o Festival Viva Salvador, em comemoração aos 474 anos da capital baiana. A competição terá um percurso de 17 km, com saída no Parque dos Ventos, na Boca do Rio, com concentração às 7h30. Os participantes vão percorrer 19 trechos da cidade e retornarão ao local da largada.

Para participar da competição, o interessado deverá realizar sua inscrição de forma online, através do link: https://www.forms.gle/Y9oziNfk3R8phvuh8. Além disso, no dia do evento, o participante inscrito deverá levar a doação de 2kg de alimento não perecível que será encaminhado para uma instituição de caridade. Até o momento, já foram contabilizados cerca de 800 inscritos na competição.

“Desde 2013 o uso da bicicleta é englobado na mobilidade urbana de Salvador. Os eventos de pedais realizados em Salvador são uma forma de estimular a chegada de novos ciclistas e assim termos uma cidade mais sustentável. O evento de domingo é um grande momento que integra a programação dos 474 anos de Salvador”, disse a coordenadora do programa Salvador Vai de Bike, Liana Oliva.

O Pedal da Cidade é realizado pela Prefeitura de Salvador através do programa Movimento Salvador Vai de Bike e conta com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), Transalvador, Samu e Limpurb.

Texto: Valmir Santos / Secom PMS

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Vizinho de Pirajá, Alto do Cabrito e Lobato, o bairro soteropolitano de Marechal Rondon foi rebatizado com este nome em 1973, em homenagem ao militar e indigenista Cândido Rondon, responsável por diversas expedições pelo interior do Brasil no início do século XX e pela construção de linhas telegráficas para melhorar a comunicação com o Centro-Oeste e o Norte do país.

Rondon era considerado pelo antropólogo Darcy Ribeiro como o maior de todos os brasileiros. O militar ainda foi indicado ao prêmio Nobel da Paz pelo físico Albert Einstein, que, em uma carta escrita em 1925, recomendou a honraria ao marechal brasileiro. “Rondon foi um dos personagens mais importantes do final do século XIX e início do século XX, no contexto dessas explorações feitas pelo país, inclusive entrando em contato com essas populações indígenas”, lembra o historiador Rafael Dantas.

O famoso indigenista também inspirou o nome do estado de Rondônia, municípios como Marechal Cândido Rondon (PR), Rondon (PR), Rondonópolis (MT) e Rondon do Pará (PA) e até mesmo bairros em outras cidades, como em Canoas (RS) e Porto Velho (RO), por exemplo.

Até o começo dos anos 70, a região onde hoje está Marechal Rondon, em Salvador, era chamada de Baixa do Dique, explica Dantas. A ocupação do território começa na década de 60, após uma série de enchentes em Salvador. “Algumas famílias são realojadas e acabam indo para a área que era conhecida como a região do Dique ou da Baixa do Dique”, afirma o historiador.

Essa população é formada principalmente por pessoas vindas do interior, que, na capital, não encontram de forma imediata residências no centro ou nos arredores do centro da cidade. Em um contexto de significativo aumento populacional, quando Salvador alcança 1 milhão de habitantes, essas pessoas acabam indo para regiões do subúrbio, como os bairros de São Caetano, Pirajá e Cabrito.

Nascido em Santo Antônio de Leverger, no Mato Grosso, em 1865, Cândido Mariano da Silva ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro aos 16 anos. O sobrenome Rondon foi incorporado posteriormente, em homenagem a um tio que o criou.

Símbolo do contato com populações indígenas, Rondon se tornou o primeiro diretor do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), criado em 1910, e foi um dos principais incentivadores da reserva indígena do Xingu – ele não chegou a ver a criação da área, em 1961, porque faleceu três anos antes.

Em uma de suas expedições mais famosas, esteve ao lado do então ex-presidente americano Theodore Roosevelt, na região amazônica. A viagem ocorreu entre 1913 e 1914, com o objetivo de mapear o Rio da Dúvida.

“Precisamos entender Marechal Rondon como um homem do seu tempo, um homem inserido nesse momento de reconhecimento das expansões das fronteiras do Brasil e também desse contato com as populações indígenas. Ele ficou conhecido como essa pessoa que teve esse contato, em um momento no qual o Brasil estava tentando se reafirmar como nação e conquistar os espaços que eram ditos como do Brasil”, destaca Dantas, ao comentar a importância histórica do militar.

Investimentos - Uma das localidades atendidas pela prefeitura-bairro de Liberdade-São Caetano, Marechal Rondon recebeu diversos investimentos recentes da prefeitura de Salvador, como a requalificação viária da Rua Sergipe, reformas da Escola Municipal de Marechal Rondon e da praça do final de linha na Rua Vicente Celestino, intervenção na Escadaria da Rua Diamante, iluminação de LED em todo o bairro, implantação de geomantas nas ruas do Golfo, José Lins e Padre Payton, além de reformas de casas do programa habitacional Morar Melhor.

Morador de Marechal Rondon há 30 anos, Antônio do Amor Divino, 65 anos, destaca a boa relação com os vizinhos e criou três filhos no bairro, onde atualmente vive com a esposa. “Há uns 15 anos, era apontado como um bairro violento, mas de lá para cá melhorou. Acho um bairro tranquilo. Morava na Rua Central, próximo ao Dique do Cabrito, e hoje moro em um condomínio”, afirma.

Reportagem: Rodrigo Aguiar

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A Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) abriu 47 vagas para estágios supervisionados em diferentes áreas. Alunos matriculados nos cursos de Direito, Engenharia Civil, Psicologia, Serviço Social e Educação Física podem se inscrever até o dia 14 de abril através do e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

“Investir em educação também é investir em desenvolvimento social, afinal esses programas podem ser altamente eficazes, não apenas para qualificação dos estudantes, mas também para a melhoria das suas condições de vida e para redução da desigualdade social para muitos. A oportunidade pode mudar a vida desses estagiários”, disse o secretário da Sempre, Júnior Magalhães.

Os pré-requisitos para envio do currículo são a comprovação do cumprimento de mais de 50% do curso e a demonstração de matrícula, contendo o turno. Ao todo, são 15 vagas para alunos cursando Serviço Social, 15 para alunos de Educação Física, oito para estudantes de Psicologia, sete para estudantes de Direito e duas para Engenharia Civil.

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A Prefeitura de Salvador lançou nesta quarta-feira (29), nas suas redes sociais, uma música feita em parceria com os próprios soteropolitanos em homenagem aos 474 anos da capital baiana. A letra da canção surgiu a partir de uma enquete feita no Instagram em que centenas de de seguidores responderam ao pedido lançado: “defina Salvador em uma palavra”.

Dendê, amor, Salcity, oxente, diversidade, cultura, calor, verão, liberdade, suingue, agonia boa, dengo, batidão, curtição, perfeição, paraíso, massa e groove foram algumas das respostas imediatas. Mais de 500 pessoas participaram da ação, e algumas palavras apareceram mais de uma vez.

O próximo passo, então, foi entregar essa mistura toda de palavras para os compositores Danilo Moreno e Freelion soltarem a criatividade. A música foi lançada num vídeo publicado no perfil oficial no Instagram da Prefeitura de Salvador nesta quarta-feira.

A ação foi idealizada pela Diretoria de Comunicação Digital da Secretaria de Comunicação (Secom) do município. “Essa iniciativa busca aproximar o cidadão da Prefeitura mais uma vez, mostrando o sentimento das pessoas, dos soteropolitanos, em relação à cidade em uma só palavra”, disse PV Bispo, diretor da área.

“Entendemos que a melhor forma de expressar Salvador seria mesmo com uma música, porque nossa capital é conhecida no mundo todo como a cidade da música. Tivemos uma participação maravilhosa, várias pessoas enviando palavras curiosas, mas realmente com muito sentimento”, completou PV Bispo.

Confira a letra:

Eu sou sol, praia, verão
Calor dentro do coração
Alegria que contagia
A cultura  é perfeição
Meu groove é envolvente oxente
A cidade balança com a gente
Diversidade, respeito é massa, liberdade
Eita agonia boa

Esqueça eu sou salcity
Aqui é o paraíso
Mas se plante, vú pai?

Eu sou sol, praia, verão
Calor dentro do coração
Alegria que contagia
Deus me livre não nascer em Salvador!

Compositor: Danilo Moreno e Freelion

Texto: Vitor Villar / Secom PMS

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O publicitário, empreendedor e cofundador da aceleradora Vale do Dendê, Paulo Rogério Nunes, deu início ao ciclo de palestras sobre Afroempreendedorismo, abordando o tema “Economia Criativa e Afroempreendedorismo” e atraindo dezenas de pessoas ao Museu Eugênio Teixeira Leal, no Pelourinho, na terça-feira (28).  O evento faz parte do programa AfroEstima, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), através do Prodetur Salvador, e em parceria com a Secretaria Municipal da Reparação (Semur). 

O encontro atraiu diversas pessoas do afroempreendedorismo, interessadas em ouvir um pouco mais sobre a experiência de Paulo Rogério, que foi considerado um dos afrodescedentes mais influentes do mundo, em 2018, pela organização Most Influential People of Africa Descent (MIPAD). Em 2017, ele foi escolhido para um encontro privado com o ex-presidente Barack Obama no Brasil e foi o único brasileiro convidado para palestrar no primeiro evento internacional da Fundação Obama, em Chicago. 

“Estou muito feliz em poder compartilhar um pouco de conhecimento sobre essa área da Economia Criativa e Tecnologia durante este momento de formação. Salvador, em especial, é uma cidade que respira cultura, inovação e empreendedorismo, mas precisa de qualificação. Então, um programa como esse é muito importante para trazer elementos para que as pessoas pensem fora da caixa, e o meu objetivo aqui é justamente esse”, contou Nunes. 

Durante a palestra, o empreendedor e consultor falou um pouco sobre a constante transformação tecnológica e citou exemplos de empreendedores que usaram a economia criativa como forma de gerar renda, gerar riqueza, criando novos mercados seja na moda, música, na área de games ou da gastronomia. 

“O incentivo ao afroempreendedorismo é um movimento que está acontecendo há alguns anos na cidade e a Prefeitura incorporou essa pauta muito importante dentro do contexto do Prodetur. Isso movimenta muitas indústrias, como a do turismo, gastronomia, moda, cosméticos, música. São várias cadeias produtivas que se movimentam a partir de uma iniciativa dessa e dá uma capilaridade maior”, acrescentou o palestrante. 

Segundo Mayla Pita, diretora de Cultura da Secult e uma das participantes do evento, falar da importância do ciclo de palestras pressupõe falar da importância e complexidade do Plano de Desenvolvimento do Afroturismo e do Afroestima. “O que está acontecendo aqui hoje é uma entrega de um programa que é muito maior e que se propõe a promover a qualificação técnica dos afroempreendedores que compõem a rede em Salvador”, ressaltou. 

“É importante falar que o que fornece singularidade à experiência do turismo em Salvador é a cultura. Por isso qualificamos, fortalecemos, mobilizamos e estimulamos a comercialização e a troca entre os empreendedores da economia criativa preta de Salvador. A gente não consegue desenvolver o afroturismo se a gente não fortalece a base, se a gente não tem uma rede de empreendimentos negros fortalecidos para atender aos turistas que precisam consumir nossos produtos, serviços e roteiros. Esse evento demarca esse percurso de fortalecimento que temos percorrido”, acrescentou. 

Conhecimento – Para a afroempreendedora Eliana Sacramento, de 50 anos, que trabalha com a loja de acessórios OriKetu, é muito importante poder aprender um pouco mais da área em que atua. “A gente sempre espera o melhor dessas formações, principalmente tendo a palestra de Paulo Rogério, diante da história de vida que ele tem, até onde ele chegou. Ele foi um dos poucos brasileiros a ter um encontro com o ex-presidente dos Estados Unidos e para a gente, enquanto pessoa negra, é chegar ao topo. Então a minha expectativa é enorme pela palestra”, disse. 

Baiana de receptivo há 27 anos, Simone do Celina de Souza, de 49 anos, considera muito bom para o turismo receber qualificação. “É mais uma oportunidade e mostra que a nossa cultura afro está crescendo mais. É bom a gente se orgulhar, bater no peito e dizer: ‘nós somos negras, nós somos qualificadas. É um orgulho ter essa qualificação ao empreendedorismo no Centro Histórico, porque precisamos disso. Aprendemos mais, fazendo uma reciclagem, estando em uma sala de aula para conquistar nosso espaço. É disso que precisamos”. 

Segundo dia – O ciclo de palestras também será realizado na quinta-feira (30), no Museu e on-line, das 14h às 16h, com o tema Black Money. As inscrições podem ser feitas através do link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfPXJxknnfUQEdoVz2Axt3lyN778UcqR7i17vXCxkDZ1CbXIg/closedform. Os palestrantes serão o cofundador de Incentivos e que atua com inteligência artificial, Lucas Santana, de forma presencial, e Monique Evelle, empresária, comunicadora e consultora, de forma remota. 

AfroEstima – O AfroEstima Salvador é um programa de capacitação e mentoria, que oferece uma série de cursos e ferramentas de aplicação prática, voltadas ao empoderamento de afroempreendedores, que desejem potencializar suas vendas e prestação de serviços. O primeiro ciclo do projeto teve início em agosto de 2021. 

A meta do projeto é capacitar no mínimo mil afroempreendedores de Salvador. O público-alvo é formado por baianas, turbanteiras, trançadeiras, capoeiristas, artistas, designers e artesãos, griôs, em blocos afro e afoxés, terreiros, feirantes e ambulantes, produtores culturais, guias de turismo e profissionais de hospedagem e agências, dentre todos os outros que compõem e fortalecem a cadeia do turismo étnico afro da cidade. 

Reportagem: Priscila Machado/Secom 

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Quem passa pela Igreja da Graça não imagina a história que há por trás das paredes simples e encobertas por árvores daquele templo religioso. A construção simples, longe dos detalhes em ouro das igrejas mais famosas e imponentes de Salvador, guarda um acervo valioso que se confunde com o surgimento da capital baiana, que celebra 474 anos nesta quarta-feira (29). A igreja foi a primeira de Salvador, de acordo com a Arquidiocese da capital baiana, e foi erguida, inclusive, antes mesmo da fundação da cidade, ocorrida em 1549 por Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil.  

O templo foi construído por volta do ano de 1535, a pedido de Catarina Paraguaçu, a 'Mãe do Brasil', cujos restos mortais estão na igreja. O local reverencia as mulheres: além de ter Catarina como benfeitora, a igreja também guarda os restos mortais de Julia Fetal, feminicídio que ficou conhecido como 'o crime da bala de ouro', em 1847, e homenageia Nossa Senhora da Graça, cuja imagem no altar foi encontrada em uma embarcação naufragada por volta de 1530.  

Em 2019, o local iniciou seu processo de musealização como forma de preservar e valorizar ainda mais a história abrigada no templo, que foi tombado em 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio material e imaterial do Brasil. Esse projeto prevê a implantação de um Centro de Memória que inclui, além de todo o acervo que já consta no Mosteiro de São Bento, que administra a igreja, a repatriação de artefatos históricos que hoje estão em outros países.  

A história da Igreja da Graça evidencia o rico patrimônio cultural de Salvador, que nos últimos anos tem potencializado o turismo religioso. A Prefeitura da capital baiana desenvolve uma série de ações visando fortalecer a atração de milhares de visitantes religiosos que vêm à cidade para festas e templos. Entre as iniciativas está o Caminho da Fé, inaugurado em 2020, na Avenida Dendezeiros, que liga os santuários de Nosso Senhor do Bonfim e Santa Dulce dos Pobres.  

Origem – Embora a igreja tenha sido construída inicialmente por volta de 1535, a estrutura atual foi erguida no século XVIII em alvenaria de pedra e tijolo e passou por reformas nos anos seguintes. O início da construção ocorreu após a volta de Catarina Paraguaçu e Diogo Álvares Correia, que ficou conhecido como Caramuru, da França. Conforme conta o historiador Zé Raimundo Lima, coordenador do Complexo Cultural da Igreja da Graça, Catarina teve um sonho com uma imagem, que seria de Nossa Senhora da Graça.  

"Logo em seguida, após o sonho de Catarina, foi encontrada, num naufrágio na região Sul da Bahia, uma imagem de Nossa Senhora da Graça. Foi então que Catarina pediu que fosse erguida uma igreja. O terreno foi cedido por ela para a construção", relata ele, que integra o conselho do templo formado por oito pessoas, das mais diversas formações acadêmicas.  

A também historiadora Tanira Fontoura ressalta que “as memórias habitam pessoas, objetos, documentos e lugares. A Igreja de Nossa Senhora da Graça é um desses locais, fruto de uma história de encontro de diferentes culturas e que faz parte da formação do Brasil”. 

Capelão da igreja, Dom Angelo Alves, subprior do Mosteiro de São Bento da Bahia e coordenador do Complexo Cultural do templo, afirma que o local guarda um acervo histórico que precisa ser valorizado. "Mais importante é a compreensão da necessidade de preservar e valorizar a nossa história", pontua, sobre a necessidade do Centro de Memória.  

O processo de musealização visa tornar a igreja um local de memória, de forma que o rico acervo existente seja disponibilizado para o público por meio de ações de educação patrimonial, construção de um circuito de visitação, atividades artístico-culturais continuadas, inserção no campo do turismo religioso e incentivo à pesquisa, entre outros.  

Embora guarde um vasto conteúdo, o templo hoje não tem grande visitação. Entretanto, já é procurado por agências de viagem até mesmo de outros estados. O local, inclusive, teve uma reforma iniciada, mas a intervenção foi paralisada pouco antes da pandemia e não retornou. Agora, contam os conselheiros do local, eles pretendem retomar as obras e dar seguimento ao processo de criação do Centro de Pesquisa e Memória Catarina Paraguaçu. 

Além dos túmulos de Catarina e de Julia Fetal, o local guarda ainda um acervo valioso com documentos, obras de arte, objetos como lavabos e madeiramento original, além de telas de Manuel Lopes Rodrigues, um dos mais importantes pintores brasileiros do realismo, e peças artísticas do século XVIII.  

Marco – Contudo, há quem diga que a Igreja da Graça não seja a primeira de Salvador, conforme explica o historiador Rafael Dantas, que estuda e pesquisa sobre o templo há mais de dez anos. "É muito comum você ouvir a história de que Igreja da Graça é a mais antiga de Salvador. E eu também concordo que seja. Mas é mais correto falar que a Igreja da Graça disputa com a Igreja da Vitória o título de mais antiga da cidade, porque elas foram iniciadas antes da construção de Salvador, em meados do século XVI, aproximadamente dos anos de 1530, mais ou menos. Então, provavelmente foi construída primeiro a Igreja da Graça, depois da Vitória, e com a chegada dos portugueses foi construída a Capela de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em 1949, depois a Igreja da Ajuda", afirmou.  

Dantas afirma que o templo da Graça é um marco de Salvador. Ele conta que a igreja, ao longo dos anos, passou por transformações e cita que a construção atual é do século XVIII. "Ela passou por reformas no decorrer do século XIX e início do século XX. Portanto, os altares que tem lá não são barrocos, são neoclássicos dos anos 1800, e as pinturas também. Acontece que temos quadros que são anteriores ao século XVIII, assim como parte da estrutura", diz. 

Segundo ele, a imagem de Nossa Senhora da Graça é provavelmente uma das mais antigas da cidade, juntamente com outros objetos do acervo. "A Igreja da Graça era um referencial religioso e da urbanidade de Salvador em direção ao eixo sul da cidade e até hoje é evidentemente um importante templo da nossa arquitetura e da religiosidade de Salvador", frisa.  

Ele destaca também a importância histórica do local, citando também a relevância de Catarina Paraguaçu. "Era uma mulher indígena Tupinambá que foi importantíssima nesse momento do século XVI no sentido de representar um papel diplomático, vamos dizer assim, entre Tupinambás e os portugueses. E ela com Caramuru são responsáveis por essa primeira família brasileira", salienta.  

Rafael Dantas conta ainda que está desenvolvendo um documentário que conta a história da Igreja da Graça. "Estamos na etapa de arrecadação de recursos para terminar o documentário. O que foi feito até agora foi levantamento histórico para falar sobre a importância da igreja na cidade de Salvador. E esse projeto visa estimular o turismo religioso na cidade", revela.  

Turismo religioso – Na capital baiana, a Prefeitura desenvolve uma série de ações para estimular o turismo religioso. A cidade conta com mais de 370 igrejas e tem diversos roteiros para os visitantes religiosos que buscam eventos ou templos. Mais informações sobre roteiros e atrações podem ser acessadas no site www.salvadordabahia.com .  

Em 2020, a gestão municipal entregou o Caminho da Fé, que fica entre o Santuário de Dulce dos Pobres e a Igreja do Bonfim. O investimento em todo o projeto é de R$18,2 milhões. A intervenção contemplou instalação de passeios ampliados, novas faixas de pedestre no nível da pista, itens de acessibilidade, nova pavimentação, fiação subterrânea das telefonias, iluminação em LED, drenagem, paisagismo, mobiliário urbano e marcos religiosos. 

Em parceria com a Pastoral do Turismo (Pastur) da Arquidiocese de Salvador, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), lançou também a Websérie Caminhos de Fé, que traz roteiros imersivos que vivenciam igrejas, santuários, museus e templos católicos na capital baiana. Os filmes trazem uma linguagem poética e atual, despertando a vontade tanto de devotos quanto curiosos, de conhecerem os lugares apresentados. Estão na websérie quase 30 destinos, todos com descrição de localização, uma forma de estimular a visitação dos locais. 

"Salvador é uma cidade que tem um potencial muito grande para o turismo religioso e a prefeitura tem investido para potencializar essa vocação. O Caminho da Fé, da Igreja da Conceição ao Bonfim, é exemplo disso. Essa região foi visitada por três santos católicos e poucas cidades do mundo têm esse atrativo", ressalta o diretor de Turismo da Secult, Gegê Magalhães. 

Segundo ele, a primeira capital do Brasil é uma cidade repleta de igrejas e santuários. "Respira e inspira a fé, em suas diversas formas, e em todos os cantos da cidade. Em poucos lugares do mundo, pode se fazer um turismo religioso tão plural. Continuaremos trabalhando para que mais pessoas queiram conhecer mais da nossa história e nossa cultura, e se sintam atraídas pelo turismo religioso na nossa capital", informa. 

Reportagem: Luan Santos/Secom

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A Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) alerta que os Microempreendedores Individuais (MEIs) registrados em Salvador passarão a emitir nota fiscal de serviços eletrônica (NFS-e) através do sistema nacional da Receita Federal. Com isso, a função será desabilitada no Portal Nota Salvador a partir da próxima segunda (3).  

A secretaria estima que 262 mil contribuintes serão diretamente impactados na capital baiana. Com a mudança, os CNPJs enquadrados como MEI deverão acessar previamente o Portal Nacional da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (www.nfse.gov.br/EmissorNacional) ou o aplicativo “NFS-E Mobile”, para realizar o cadastro e obter a senha de acesso.  

O novo procedimento para emissão de notas fiscais de serviços prestados por MEI foi estabelecido pela Resolução nº 169/2022 do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), publicada em 27 de julho de 2022. Desde janeiro, a emissão vinha ocorrendo de maneira facultativa.  

Caso deseje esclarecer dúvidas ou obter mais informações sobre a emissão de nota fiscal de serviço eletrônica nacional (NFS-e), o contribuinte poderá acessar o Portal da NFS-e Nacional (www.gov.br/nfse/ pt-br) ou a página do Sebrae (www.sebraeatende.com.br/artigo/nota-fiscal-de-servicos-eletronica-nfs-e). 

Texto: Ascom/Sefaz Salvador 

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