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Alunos da Escola Municipal da Engomadeira, no bairro homônimo, tiveram um dia especial de aprendizagem nesta quinta-feira (20), Dia do Amigo. Reunidas no auditório da escola, as crianças assistiram animadas à apresentação da banda de percussão Cores e Tambores, que ritmaram uma paródia feita pela coordenadora pedagógica Cibele Queiroz a partir da música Nossa Gente (Avisa Lá), gravada pelo Olodum com composição de Roque Carvalho.

A atividade integra o projeto institucional Ler é uma Aventura, que tem o objetivo de despertar o desejo pela leitura e escrita nos alunos. Uma média de 500 crianças participaram hoje da abertura do projeto, cujas atividades serão realizadas até o final de novembro.

Para a vice-diretora da escola, Camila Amorim, trata-se de um projeto que traz como concepção a leitura pelo caminho do encantamento. “Nós trazemos dois elementos aqui que são bem promissores: um deles é essa magia da leitura, do encantamento, da contação de história e o outro é o empoderamento a partir da sua própria história. Então, são dois fatores mobilizadores que nós trazemos nesse projeto de leitura para proporcionar aos estudantes um envolvimento e engajamento maior e uma criação de vínculo”, afirmou.

Encantada com a apresentação da banda, a aluna Ana Júlia Conceição, de 10 anos, disse ter gostado de tudo, principalmente da música e das histórias contadas pela professora e por um morador convidado. “Foi uma atividade bem legal e pegou a gente de surpresa”, disse ela, que cursa o 8º ano na instituição.

O aluno Marcos Bastos, 12 anos, disse ter visto pela primeira vez uma apresentação de percussão de perto. “Eu nunca tinha visto pessoalmente e achei o projeto muito bom, porque eu gosto muito de ler livros e de escrever historinhas de aventura”, contou.

Entre os integrantes da Banda Cores e Tambores, que se apresentaram hoje na escola, dois deles também fazem parte do Olodum, como Bruno Silva. “É satisfatório estar aqui hoje, pois eu sou fruto de um projeto entre a Prefeitura e a Escola Criativa do Olodum e também já estudei em escola pública. Uma das maiores oportunidades que eu tive como músico foi viajar, e já fui para lugares como o Japão e o México com o Olodum. Tudo que eu conquistei, eles também podem conquistar”, declarou.

As atividades do Dia do Amigo ocorreram pela manhã e pela tarde, envolvendo 500 alunos da instituição, desde o Grupo 4 ao 5º ano e regularização de fluxo, que conta com estudantes de uma faixa etária média de 14 anos. Além da apresentação da Banda Cores e Tambores, o radialista Esquerdinha, da Rádio Comunitária do bairro, contou um pouco da história da Engomadeira para os estudantes. Em seguida, a coordenadora pedagógica Cibele Queiroz fez a contação de história de Ajé e Bará e houve ainda a distribuição gratuita de acarajés feitos por uma baiana no pátio da escola.

Projeto – Com abertura realizada nesta quinta, em celebração ao Dia do Amigo, o projeto Ler é uma Aventura visa estimular a alfabetização e o letramento de forma lúdica durante todo o semestre na Escola Municipal da Engomadeira. A ideia central do projeto é que os estudantes contem histórias com os bonecos Ajé e Bará, dois personagens infantis que vieram a Salvador, passaram por pontos turísticos da capital e agora chegaram à Escola da Engomadeira para viver suas aventuras.

Ajé e Bará remetem aos alimentos típicos da Bahia e que fazem parte da cultura local. Os personagens possuem o formato de um acarajé e um abará. A escola foi ambientada por um painel mostrando as andanças dessa dupla pelos pontos turísticos de Salvador até que eles desembarcaram hoje na Escola Municipal da Engomadeira, exatamente no Dia do Amigo. Após esse desembarque e apresentação com a sonoridade da Banda Cores e Tambores, os novos amiguinhos vão passar a fazer parte das atividades em sala de aula da instituição.

Os alunos terão que contar as aventuras de Ajé e Bará por meio de historinhas com textos e desenhos que serão apresentadas no Dia da Consciência Negra (20 de novembro) durante uma mostra literária. O projeto contempla ainda as leis 10.639/03 e 11.645 que tornam obrigatória a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e indígena.

“O projeto visa fomentar e enriquecer a cultura da leitura e da produção escrita entre nossos alunos, buscando elementos da nossa cultura, como os contos e as histórias de tradição oral como pano de fundo para fomentar esse trabalho. Nossa expectativa é cumprir a função social da escola, que é trazer a cultura leitora viva para dentro da nossa história. Nós estamos muito felizes com esse trabalho”, disse Cibele.

Reportagem: Priscila Machado/Secom

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