Educação

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Alunos do 4º e 5º anos da Escola Municipal Fernando Presídio, em Paripe, participaram, de forma lúdica, de uma palestra sobre o Dia da Terra, celebrado no último sábado (22). A iniciativa foi realizada em parceria com a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), na quinta-feira (20). Cerca de 30 crianças participaram da atividade.

Dentre os assuntos abordados com os alunos estiveram a origem e a importância da celebração, além das ações humanas que podem interferir no meio ambiente de forma positiva e negativa. Na ocasião também foram distribuídas mudas de plantas.

“Fazer uma atividade como essas nos dá a oportunidade de promover a conscientização ambiental dessas crianças para que possam viver em harmonia com o meio ambiente. Este ano, especificamente, a Limpurb tem tido o objetivo de promover atividades como essa nas escolas municipais da capital, a partir das datas comemorativas”, disse a coordenadora de ação comunitária da Limpurb, Rosemary Mascarenhas.

Diretora da escola há oito anos, Durvalicia Amaral conta que a ideia de promover a atividade para os alunos surgiu a partir da necessidade de incentivá-los sobre a preservação do planeta. “Há uma preocupação diária sobre os rumos tomados da humanidade em relação ao meio ambiente. Precisamos reforçar a conscientização das nossas crianças desta nova geração para que possam cuidar do local onde vivemos”, enfatizou.

Aluna do 4º ano, Ágata de Jesus, de 9 anos, afirmou ter gostado da palestra. “Gostei muito, a tia me ensinou como cuidar do meio ambiente e jogar o lixo no local certo. Vou cuidar muito da muda de plantinha que recebi”.

A instituição educacional do município que desejar receber as ações educativas da Limpurb deverá enviar uma solicitação para o e-mail This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it..

Reportagem: Valmir Santos/Secom

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Em alusão ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado em 19 de abril, a Escola Municipal Antônio Carlos Magalhães, no bairro de São Caetano, está desenvolvendo um projeto com uma série de atividades que contemplam a temática. Na tarde da última sexta-feira (14), alunos do 3º ano do Ensino Fundamental I ouviram uma história sobre a língua Tupi. Em seguida, selecionaram algumas palavras da história para trabalhar com leitura coletiva, colagem das sílabas e produção de caça-palavras.

“Eu gostei. A gente conhecia as palavras, mas não sabia que eram indígenas”, disse a aluna Lorena Gabriele, de oito anos, enquanto montava um caça-palavras com vocábulos de origem tupi, como pipoca, saci, abacaxi e mandioca.

A professora Suzane Maranduba explicou que esse é um projeto transversal, transdisciplinar e interdisciplinar, que tem tido uma boa receptividade tanto pelos alunos, como por familiares e profissionais que atuam na escola. “Há muito tempo nós já trabalhamos com a pedagogia de projeto. Inclusive, alguns alunos daqui da escola têm descendência indígena. Então, a gente transcende e amplia o nosso ponto para o eixo principal, que é a política das relações étnico-raciais, com base na Lei 11.645. É um projeto diferenciado, que será realizado durante todo o ano”, destacou.

Idealizadora do projeto, a professora Andréa Cristina de Sá contou que a iniciativa surgiu a partir de uma ação de leitura chamada Caminhos da Imaginação, e estão programadas para ainda este mês uma visita virtual ao museu indígena de São Paulo e também a apreciação de filmes e livros relacionados aos povos indígenas. “Essas atividades interferem de forma positiva na aprendizagem das crianças, pois reconhecemos as nossas origens. Os povos indígenas estão há mais tempo aqui que a gente, alguns viveram aqui há mais de cinco mil anos, então a gente é que tem muito a aprender com eles”, contou.

Além das atividades com a temática dos povos originários, Andréa de Sá separou dois dias da semana para fazer a recomposição de aprendizagem em língua portuguesa, que consiste em um trabalho que foca nas dificuldades de cada aluno. As atividades são feitas em duplas e em grupos, pois dessa maneira se tornam mais produtivas. A Escola Municipal Antônio Carlos Magalhães tem 356 alunos matriculados na Educação Infantil e Ensino Fundamental l.

Legislação – Com a promulgação da Lei 14.402/22, o tradicional Dia do Índio, comemorado no dia 19 de abril, passou a ser chamado oficialmente Dia dos Povos Indígenas. A mudança tem o objetivo de explicitar a diversidade das culturas dos povos originários.

Na Bahia, a estimativa é de que cerca de 37 mil pessoas representem 16 grupos étnicos indígenas: Atikum, Kaimbé, Kantaruré, Kariri-Xocó, Kiriri, Payayá, Pankararé, Pankarú, Pataxó Hãhãhãe, Pataxó, Truká, Tumbalalá, Tupinambá, Tuxá, Xacriabá e Xukuru-Kariri.

 

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Além dos Centros de Convivência Socioassistencial (CCS) administrados de forma própria, a Fundação Cidade Mãe (FCM) também realiza parcerias para estender o atendimento a crianças de adolescentes de Salvador, com atividades sociais e educativas no contraturno escolar. Uma delas é desenvolvida em conjunto com o programa AABB Comunidade, em Piatã, atendendo 250 crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 13 anos, oferecendo oficinas de música, esportivas, de lazer e de artes plásticas.

De terça a sexta-feira, o público infantil pratica esportes como o futebol de campo, basquete, handebol e futebol de salão e tem acesso aos espaços do clube, a exemplo da quadra de vôlei, salão de jogos e parque aquático para aulas de natação. “Trabalhamos a ação pela cidadania através do esporte, da arte e da música. A modalidade preferida deles é o futebol de campo, porque faz parte da realidade das crianças e é mais acessível, mas eles experimentam as outras modalidades também”, conta Krissia Sommerlatte, assistente social e gestora da unidade pela FCM.

Fardamento e alimentação – O projeto pedagógico abrange nove macrocampos: apoio pedagógico em matemática, leitura, interpretação de texto e escrita, além de identidade, cidadania, área socioambiental, Tecnologia da Informação e Direitos Humanos. “Temos esse olhar também relacionado ao conhecimento e aprendizagem na escola, mas os nossos carros-chefes são a cidadania e a identidade, ou seja, o pertencimento da comunidade onde o aluno está inserido”, ressalta Krissia.

A maioria das crianças atendidas são de bairros e comunidades do entorno, a exemplo da Rua Deputado Paulo Jackson e Alto do Coqueirinho, mas as matrículas também são disponibilizadas para pessoas de outras regiões. Os alunos recebem farda e material didático pela Associação Banco do Brasil e café da manhã e almoço por meio de uma parceria com a Secretaria Municipal da Educação (Smed) para a realização do projeto Recompor, uma espécie de reforço em português e matemática.

“Ouvimos sempre das famílias elogios e agradecimentos pelo programa. Então, eles nos dizem que é muito bom saber que no turno oposto da escola seus filhos estão aqui, não estão na rua ou sozinhos em casa, que estão recebendo conhecimento complementar ao da escola, que fazem eles refletirem e buscarem expectativas para o futuro”, conta Maristela Gomes, coordenadora pedagógica do programa.

Conhecimento complementar – Maristela reforça a inclusão feita pelo clube, pois as crianças frequentam o local juntamente com os associados, fazem aula de natação e circulam livremente pelo local. “Trabalhamos muito com eles essa questão de poder sonhar alto, pois eles conseguem. Damos sempre orientação no sentido de não desanimar, de persistir com a meta. Ficamos felizes, inclusive com o sorriso deles quando estão aqui juntos. É muito gratificante”, complementa Maristela Gomes.

Ex-jovem aprendiz da oficina de esportes pelo programa, Maxon Barbosa é uma das provas de que é possível persistir com o sonho e realizá-lo. Ele entrou no programa aos sete anos, ficou até os 17, e hoje é educador. “Pela comunidade onde eu moro, eu vejo que o programa é muito importante, porque hoje a vida do crime tenta atrair muitos jovens. Estando aqui, as crianças se ocupam com atividades esportivas em vez de estar na rua sem ocupação. Neste projeto da FCM eu tive uma formação, enquanto cidadão do bem, e vejo uma importância muito grande da fundação nas nossas vidas. Mudou totalmente a minha visão”, contou.

Morador de Itapuã, Gabriel de Jesus, de 15 anos, pratica futebol de campo pelo programa e não perde uma aula. “Aqui é bom, a gente sai um pouco de casa para praticar o que a gente gosta. E o lugar também é maravilhoso”, salienta.

Reportagem: Priscila Machado/Secom

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Ouvidos atentos para escutar cada ponto da estória da Menina que Chupava Dedo, contada por Catarina Assis, autora do livro. A turminha do Grupo 5 do Centro Educacional ABC sentou-se em formato de círculo na sala de entrada da Biblioteca Municipal Edgard Santos, na Ribeira, e acompanhou cada trecho da leitura, com direito à encenação da autora e à participação com palpites sobre a história.

A atividade foi promovida pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), por meio da equipe da Biblioteca Edgard Santos, em homenagem ao Dia Nacional do Livro Infantil, comemorado nesta terça-feira (18). A Hora do Conto teve a presença da escritora e gestora do Instituto Educar, Catarina Assis, que fez a contação da história e falou um pouco sobre o hábito de chupar dedo, a ansiedade e o combate ao bullying. O evento ocorreu das 14h às 16h e foi finalizado com uma oficina arte-educativa.

“É muito importante a gente fortalecer essa questão da leitura, principalmente na primeira infância, que é a base. Enquanto bibliotecária, documentalista e gestora de uma ONG que trabalha com mediação de leitura, eu sei o quão importante são ações como essa, que visam a disseminação das informações e a preservação do hábito da leitura, que está se perdendo hoje em dia em um momento em que as crianças estão muito presas à tela do celular, tablete e televisão”, afirma Catarina.

A Bailarina que Chupava Dedo foi inspirado na filha de Catarina e conta a história de uma bailarina negra que usa dreadlocks até a cintura, fugindo dos padrões do balé. Ela é a bailarina mais importante do espetáculo, fica muito ansiosa com os duros ensaios e com medo de não conseguir acertar os passos. Para amenizar, acaba chupando o dedo. A autora é também bibliotecária, biblioterapeuta e gere o Instituto Educar, um espaço de leitura, mediação e formação de leitores, situado na Massaranduba.

“É uma atividade excelente, porque desenvolve o gosto pela leitura. As crianças hoje em dia estão muito em casa e nem sempre essa questão é trabalhada nos lares. Portanto, esse é um trabalho maravilhoso em que eles vivenciam a estória, a brincadeira, o conto. Isso é muito importante para o desenvolvimento deles”, opina Patrícia de Brito, professora das crianças.

Bibliotecas – Visando o incentivo à leitura, Salvador mantém atualmente três bibliotecas municipais, que recebem um público diverso, desde crianças a idosos. São elas: a Edgard Santos, na Ribeira (com uma média mensal de 600 leitores); a Denise Tavares, na Liberdade (com uma média mensal de 400 leitores) e a Nair Goulart, em Valéria (com uma média mensal de 250 leitores). Além disso, a FGM mantém em torno de 29 bibliotecas comunitárias, que atuam em bairros como Calabar, Cajazeiras, Escada, Periperi, Plataforma e Itapuã.

A FGM, em parceria com a Casa Civil, lançou em novembro do ano passado e está trabalhando todo esse ano de 2023 com a Literatura Inclusiva, levando para as bibliotecas municipais, e também para as comunitárias, livros em braile, jogos em libras e painéis em libras. Os profissionais desses espaços de leitura também estão sendo qualificados para que possam receber melhor toda e qualquer criança.

“A intenção do programa Literatura Inclusiva é que todos possam desfrutar do espaço das bibliotecas de maneira igual por meio de materiais e suportes que tornam as bibliotecas mais acessíveis”, conta Jane Palma, gerente de biblioteca e promoção de livro e leitura pela FGM.

Atividades – Além da manutenção das bibliotecas, a Prefeitura desenvolve várias ações de incentivo à leitura dentro e fora desses locais. Anualmente, são realizadas, dentro das bibliotecas municipais e comunitárias, atividades como sarau, contação de histórias, exposições, contos cantados e concursos literários. Além disso, o Município desenvolve o projeto Literatura na Praça, com leitura de livros em espaços públicos da cidade, o Coreto Literário, levando a leitura de livros literários para praças e parques de Salvador nos meses das férias escolares – dezembro, janeiro e fevereiro.

Desde 2017, a Prefeitura também aderiu à Campanha Nacional Esqueça um Livro e Espalhe Conhecimento, que ocorre anualmente, no dia 25 de julho, e consiste em deixar um livro em algum espaço público, levando a leitura para quem o encontrar. “Isso faz com que você circule o livro, você circule a biblioteca pelos quatro cantos da cidade”, conta Jane Palma.

Livro Infantil – Monteiro Lobato é um dos principais autores que dão início à literatura infantil no Brasil com o lançamento de A Menina do Narizinho Arrebitado em 1921. Em homenagem a ele, o Dia Nacional do Livro Infantil foi instituído por lei na data de nascimento do autor, dia 18 de abril.

“Atualmente, Ziraldo e Ana Maria Machado são autores muito importantes para a literatura infantil brasileira. Além de O Menino Maluquinho, Ziraldo tem o livro O Menino Marrom, livro que fala muito dessa diversidade cultural e social e Ana Maria Machado se destaca por Menina Bonita do Laço de Fita e também por Brinco de Listas, livro de poemas muito utilizado para a alfabetização. Em Salvador, temos nomes como Mabel Veloso e Cássia Vales despontando nos últimos dez anos com clássicos e livros com uma linguagem bem contemporânea”, conta Jane.

Ela lembra que a leitura é uma grande ferramenta, não só de conhecimento, mas de integração social e de introdução social. “Ao acabar de ler um livro sobre uma civilização africana, por exemplo, você vai introduzir um pouco a sua vida dentro daquele universo. Através da leitura em um ponto de ônibus, em uma biblioteca ou em qualquer outro local, você também vai se integrar melhor com as pessoas que estão ao seu redor, porque você vai comentar aquele conto, aquele romance”, afirma.

Reportagem: Priscila Machado/ Secom

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A contação de histórias e o incentivo ao hábito de ler estão entre as atividades de fomento à leitura, entre crianças e adolescentes, desenvolvidas ao longo do ano letivo, nas escolas da rede pública de Salvador. Na próxima terça-feira (18), Dia Nacional do Livro Infantil, os alunos vão celebrar mais uma vez a estreita relação com a literatura, iniciada desde cedo em sala de aula, através de projetos da Secretaria Municipal de Educação (Smed)

Os projetos “Portas que Falam” e “Sala de Leitura” fazem a diferença no processo educacional dos 422 alunos, que vão do Grupo IV ao 5º ano, da Escola Municipal Osvaldo Cruz, no Rio Vermelho. A pequena Melissa Cerqueira, de 6 anos, é exemplo disso. Nesta quinta-feira (13), durante a contação de história, aproveitou para revelar o seu conto infantil predileto. “Eu gosto da (personagem) Chapeuzinho Vermelho. Ela levou doces gostosos na cestinha para vovozinha e quando chegou lá o lobo mau, abriu a porta vestido com a roupa e chapéu da vozinha”, conta a pequena, mostrando intimidade com a história.

Ambas iniciativas têm o propósito de estreitar a relação das crianças com os livros. O projeto “Portas que Falam” se utiliza das portas da escola para contar trechos de histórias infantis. A porta branca recebe recortes de livros velhos, papeis coloridos e desenhos da meninada, passando a guardar memória literária ilustrada e estimulando o imaginário da criançada cotidianamente. Já o “Sala de Leitura” reserva um espaço da escola, onde a prática é desenvolvida, estimulando a leitura e oralidade dos estudantes.

A coordenadora da escola, Patrícia Moura, destaca que os projetos institucionais de leitura fazem muita diferença no processo de aprendizagem das crianças, principalmente na primeira infância. “O contato com o livro físico e o hábito de ler são estimulados, diariamente, nas unidades de ensino. A leitura ajuda a compreender os gêneros textuais”, explica, acrescentando que a escola estimula ainda que as crianças levem livros para casa, durante os finais de semana.

Prazer de ler - De acordo com Carla Grimaldi de Araújo, especialista em Língua Portuguesa e formadora de professores da Secretaria de Educação (Smed), o livro deve ser lembrado o ano inteiro e não apenas na data alusiva. “Só o cheirinho do livro já é gostoso. Mas vale lembrar que não apenas devemos estimular aquela leitura de decifrar códigos, apenas isso não é suficiente. É preciso despertar nas nossas crianças e jovens a técnica de analisar o que está sendo lido”, frisa.

Na opinião da educadora, manter o contato com livros e estimular a leitura é um dos grandes desafios dos professores em sala de aula. “É uma tarefa árdua e diária. Temos competido com os livros virtuais. Temos que criar o interesse pelo prazer de ler para estudar, para se informar e até mesmo como atividade lúdica. Quando estimulamos a prática na escola, fica tudo mais fácil quando vão estudar”, avalia a professora.

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“Estudar pra mim é tudo em minha vida”. A afirmação é de dona Eunice Rodrigues dos Santos, 86 anos, aluna da Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Escola Municipal Ulysses Guimarães, em Fazenda Grande I. Esta modalidade de Educação Básica de ensino é destinada ao público que não completou, abandonou ou não teve acesso à educação formal na idade apropriada. O Brasil tem 11 milhões de analfabetos, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) – 2019, a taxa de analfabetismo para homens de 15 anos de idade ou mais foi de 6,9% e para as mulheres de 6,3%.    

A rede municipal de ensino tem, atualmente, 10.122 alunos matriculados na EJA. Desses, 1.337 têm acima de 60 anos e 28, mais de 80. A faixa etária com maior número de matriculados é a que compreende entre 50 e 59 anos, com 2.223 matrículas. A partir de 15 anos, os educandos podem ser matriculados nas escolas que ofertam a EJA.   

Sonho adiado – Dona Eunice não conseguiu estudar na idade apropriada, pois passou a infância trabalhando na roça, na cidade de Araçás, interior da Bahia. Perdeu a mãe aos 14 anos, e o cuidado com os nove irmãos menores passou a ser de sua responsabilidade. Logo veio o casamento e filhos, e o sonho de estudar foi ficando para depois.    

“Meu pai brigava muito com a minha mãe para não me matricular numa escola, ele obrigava a mim e meus irmãos a capinar, plantar, fazer farinha. Se a gente não fizesse, apanhava. Acabei de criar os irmãos, casei e tive filhos, eles cresceram e eu finalmente pude realizar meu sonho. Nunca é tarde pra quem quer aprender, me sentia incomodada de pedir ajuda para as pessoas, queria minha independência”, conta.  

Há quatro anos dona Eunice entrou para a escola e toda noite ela segue determinada para a sala de aula. E quem acha que a idade avançada a impede de fazer planos está enganado, ela já está se articulando para cursar o ensino médio.  

Ajuda dos colegas – Seu Edgard Santos, também de 86 anos, é colega de sala de dona Eunice, estudou até o 4º ano, mas teve que deixar a escola para garantir o sustento da família. Mecânico de manutenção aposentado, nunca esqueceu o quanto é importante estudar. A idade não é impedimento: ele se atualiza constantemente, tem aplicativo no celular para estudar inglês, gosta de matemática e reconhece que português é a matéria mais difícil.  

“Pra mim é um estímulo ter uma colega de sala com a mesma idade, nós estudamos juntos, tiramos as dúvidas e contamos com a ajuda dos outros colegas de sala também. Precisamos evoluir e isso acontece através do estudo. Para adquirirmos uma posição melhor na sociedade temos que estudar”, disse Santos.   

Equipe de profissionais – Encantada com a determinação dos alunos, Vera Dantas, gestora da escola, afirma que eles são muito tranquilos e dedicados. “Eles chegam cedo na escola, se entrosam com os colegas de sala, os professores falam muito bem deles, o trabalho com adulto é fascinante. Estou na rede há quase 17 anos e desde então trabalho na EJA. Com adulto, o retorno é imediato. Precisamos voltar a olhar o projeto noturno com prioridade”, destaca a gestora.  

Conforme a equipe da Coordenadoria de Formação da EJA, a modalidade apresenta expressiva presença de adolescentes no total de matriculados, com predominância de mulheres, sendo turmas formadas também com jovens, adultos, idosos e pessoas com necessidades educacionais especiais. Considera-se, que manter unidade escolar, com equipe de profissionais completa, com alimentação, segurança, fardamento, uma estrutura física adequada, fortalece a premissa de uma educação para todos e todas, cumprindo todas as legislações para um fortalecimento de aprendizados para uma sociedade com pessoas letradas, utilizando a leitura e a escrita de acordo com as demandas sociais. 

Texto: Ascom/Smed 

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Apresentado de forma gratuita para alunos da rede municipal, o espetáculo “A Mágica Carruagem de Inácio" encantou os alunos da Escola Municipal do Calabetão, na última sexta-feira (14). A peça trata de acessibilidade, respeito às diferenças, inclusão da pessoa com deficiência, direitos e deveres e também sobre o ser humano ter o direito de ir e vir sem restrições, com o objetivo de reforçar a conscientização sobre a necessidade da convivência em uma sociedade inclusiva.

As apresentações ocorreram nos dois turnos de aula e cerca de 178 crianças, sendo 102 para o turno matutino e 76 para o turno vespertino, com idades entre 4 e 12 anos, participaram da atividade. O espetáculo e os atores são de origem paulista e a encenação na Escola Municipal do Calabetão é fruto de parceria entre a unidade escolar e a CCR Metrô Bahia.

Realidade – Diretora da unidade escolar, Tatiana Bastos Queiroz destacou a importância de tratar desde cedo sobre temas sensíveis com os estudantes da rede municipal. "’A Mágica Carruagem de Inácio’ retrata muito da realidade que vivemos em nossa escola, pois trabalhamos a todo momento com as crianças temas referentes à acessibilidade, o respeito às diferenças e a inclusão dos alunos com deficiência. O projeto reforçou a importância de incluir esses alunos em nossa rotina. Aqui na Escola Municipal do Calabetão temos duas cadeirantes, e as mesmas são inseridas com muito carinho nas atividades escolares.

Para o coordenador da peça, João Paulo Vital, o projeto tem o objetivo de levar a informação de qualidade acerca da temática da acessibilidade. “A criança é sempre o foco principal do projeto porque acreditamos no seu papel como disseminador de informação. Eles enxergam de uma forma muito simples e conseguem, juntamente com outros colegas, colocar em prática o que foi abordado no espetáculo”.

Aluno do 4º ano, Cristian Santos, de 9 anos, disse ter ficado encantado com a apresentação. “Gostei bastante, é muito legal saber que somos todos iguais. A imaginação sempre vai ganhar o amor e a consideração do nosso próximo”, disse.

Bastante interativo no momento do espetáculo, Maria Eduarda Santos, de 7 anos, e aluna do 2º ano, disse que repassará todo o aprendizado com o espetáculo para seus pais, tios e primos. "Achei muito legal, amei. Os tios da peça falaram sobre respeito ao próximo. Irei falar também para minha família”.

Enredo – Criada em 2018, a peça teatral conta a história de um jovem portador de deficiência física chamado Inácio. Nela, são abordadas as dificuldades que o jovem garoto possui em acessar espaços sem mobilidade para PCDs.

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Docentes da rede municipal de ensino terão oportunidade de fazer um intercâmbio no Canadá. Trata-se de um edital nacional que levará 102 professores selecionados em escolas de todo o país. Em Salvador, a experiência de troca de conhecimentos será vivenciada pelos professores Edney Advincula (artes e dança) e Sandra Lee (inglês). O embarque acontece no dia 24 de maio.

A capacitação é fruto do programa conjunto entre a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e a Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica (DEB). A iniciativa faz parte do Acordo de Cooperação formalizado entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Colleges and Institutes Canada (CICan).

O professor de artes e dança, Edney Advincula, 45 anos, leciona para alunos do 1º ao 5º ano, na Escola Municipal Vivaldo Costa Lima, localizada no Santo Antônio Além do Carmo, uma das 422 escolas da rede da Secretaria Municipal de Educação (Smed). Animado com a viagem, considera que a troca de vivências será extremamente enriquecedora.

“Vamos levar nossa metodologia e aprender o que fazem nas escolas de lá. Com certeza voltaremos com um megaprojeto para desenvolver em nossas escolas”, aposta o professor, que leva para sala de aula o conhecimento sobre a linguagem corporal.

Para a docente em inglês da Escola Municipal Olga Mettig, em Valéria, Sandra Lee, 43 anos, a viagem tem um viés que vai além do conhecimento do sistema educacional do Canadá. “Não é pura e simplesmente conhecer o modelo de educação canadense. É a oportunidade também de levar nossos projetos, mostrar que temos vivências interessantes, somar também na educação deles”, frisa a professora, que apresentará o projeto “A Leitura pelo viés da Interdisciplinaridade”.

Durante oito semanas, eles terão aulas de inglês básico e módulos temáticos que abordam a aprendizagem centrada no aluno e na gestão da sala. Os professores terão acesso a conhecimentos e inovações pedagógicas para serem utilizados na melhoria do processo de ensino e aprendizagem das escolas onde atuam.

Como funciona – Através do programa, os selecionados foram contemplados com passagem aérea internacional (ida e volta), ajuda de custo, seguro-saúde, deslocamento no trajeto aeroporto-universidade-aeroporto, curso de formação, material didático e alojamento. Ao participarem da iniciativa, os professores assumem o compromisso de disseminarem os conhecimentos adquiridos, bem como o de participarem como multiplicadores quando solicitados pela Capes ou pelas secretarias de educação às quais estiverem vinculados.

Cada um dos participantes deve desenvolver um projeto de intervenção pedagógica a partir da sua própria experiência profissional, a ser desenvolvido na escola. O objetivo do programa é compartilhar conhecimentos em um país com sistema educacional de referência para aprimorar a rede pública de ensino do Brasil.

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O bairro de Brotas foi beneficiado com a entrega, nesta quinta-feira (30), da nova Escola Municipal Nossa Senhora dos Anjos, que contou com investimento de R$ 11 milhões da Prefeitura de Salvador. A unidade foi inaugurada pelo prefeito Bruno Reis e pelo secretário de Educação de Salvador, Thiago Dantas, após ser totalmente reconstruída.

A nova estrutura oferece mais segurança e conforto a toda comunidade escolar, proporcionando mais qualidade no aprendizado dos estudantes. O local possui 2,5 mil m² de área construída e pode receber cerca de mil alunos, nos segmentos Fundamental I, II e EJA (educação de jovens e adultos). São 22 salas de aula climatizadas e com renovação de ar, acessibilidade, refeitório, guarita com sanitário, cozinha com triagem de alimentos, depósitos de merenda e de congelados e área de serviço.

O espaço também possui parque infantil, quadra poliesportiva coberta e com arquibancada, auditório com capacidade para 138 lugares, dois camarins com sanitários, sala de técnica de som e vídeo, salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE), vestiários, dez sanitários, inclusive para pessoas com deficiência (PCD), subestação, elevador, casas de gás e de lixo.

Esta é a primeira unidade de ensino inaugurada pela Prefeitura em 2023. De acordo com o prefeito Bruno Reis, a escola é uma das melhores e maiores de Salvador. “Esta é a qualidade da educação que nós queremos e que está sendo refletida na grande requalificação que estamos fazendo na infraestrutura das nossas escolas. Essa é a 14ª escola que eu inauguro. Nós podemos chegar ao final do nosso mandato, em quatro anos, com 54 grandes novas escolas que nós reconstruímos ou construímos. Já requalificamos 85% da nossa rede”, informou.

Além da requalificação da infraestrutura da rede municipal, o prefeito destacou também os investimentos feitos pela gestão em tecnologia e inovação, com o objetivo de promover a acessibilidade digital aos alunos. “Foi justamente por isso que nós distribuímos um tablet para cada criança do 1º ao 9º ano (foram 106 mil equipamentos entregues), um chromebook para cada professor (cerca de 8 mil), com chip com pacote de dados, implantamos o AVA (Ambiente virtual de Aprendizado). As crianças hoje estão aprendendo letramento, programação, estão aprendendo inclusive a elaborar games, para, de forma lúdica, serem inseridas nesse mundo digital”, salientou.

Ele enfatizou ainda os investimentos no ensino bilíngue nas escolas municipais. “A gente já começa esse ano, em parceria com as embaixadas Britânica e da Espanha, a colocar algumas escolas com ensino bilíngue para possibilitar que as crianças possam, desde cedo, que é o momento ideal, aprender um outro idioma. Tenho certeza que isso vai elevar muito a qualidade da educação de Salvador. O desafio é a gente melhorar ainda mais a qualidade da educação”, frisou.

Antes da entrega da unidade de ensino, o prefeito e o secretário da Educação assistiram a uma apresentação de um coral formado por estudantes da escola e de um grupo de teatro formado por professores no novo auditório. A inauguração ainda contou com um bolo em comemoração aos 474 anos de Salvador, data celebrada nesta quarta-feira (29).

Qualidade do ensino – Com a finalidade de garantir o direito constitucional de acesso à educação, a Prefeitura realiza melhorias da infraestrutura física das unidades escolares da capital baiana. A construção e revitalização dos espaços escolares possibilita não somente uma prática pedagógica adequada, como também a otimização da rede, ampliação de vagas, aumento da segurança e economia de recursos destinados a administração e manutenção.

O secretário Thiago Dantas pontuou que a nova Escola Municipal Nossa Senhora dos Anjos é um equipamento simóblico. “É uma unidade de ensino de altíssimo nível, completa, 100% climatizada, com auditório para mais de 100 pessoas, salas de música e de artes, quadra esportiva completa. Enfim, a visão da gestão é de investir na infraestrutura, no pedagógico e na logística para que as escolas possam funcionar de maneira adequada. A gestão trabalha para que a Educação de Salvador seja uma referência nacional”, afirmou.

A administração municipal contabiliza nos dois últimos anos da atual gestão um total de R$ 182 milhões investidos para revitalização da infraestrutura física de 143 escolas municipais, sendo: duas construções, 10 reconstruções e 131 reformas.

A analista de marketing Camila de Brito Conceição, 29 anos, acompanhou a inauguração e disse que a nova estrutura vai melhorar ainda mais a qualidade do ensino. O filho dela, Cristopher, de 9 anos, no terceiro ano do ensino fundamental, estuda na unidade de ensino. “Não perde em nada para uma escola particular. A gente fica muito feliz com as crianças tendo uma estrutura de ensino que é motivadora. Muitas vezes as crianças não têm a oportunidade de ir a parques, de ter um lazer, de praticar um esporte, e tendo isso na escola abraça mais os alunos. É um sentimento de felicidade”, disse.

A estudante Maria Lorena Luz Bastos Lopes, 10 anos, aluna do quarto ano, contou que gosta de matemática e afirmou que as novas salas da escola são maiores, o que permite maior interação com colegas e professores. “Ficou uma maravilha, uma escola muito boa para estudar e aprender. As salas são maiores, têm ar condicionado”, destacou ela.

Reportagem: Thiago Souza/Secom

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