O Teatro Gregório de Mattos (TGM) é palco da oficina gratuita “Jogos de Criar”, a ser realizado pelo diretor João Falcão entre os próximos dias 24 e 27, das 15h às 20h. A ação é produzida pelo Coletivo 4 e faz parte das atividades do edital Fábrica de Musicais, da Fundação Gregório de Mattos (FGM). O resultado final será a montagem do espetáculo Sonho de uma Noite de Verão, clássico de William Shakespeare, na versão de Adriana Falcão e encenada por João Falcão.
A oficina, que tem como ponto de partida canções nacionais para a construção de personagens, abrange escrita e atuação. No processo, os artistas compartilham suas experiências criando dramaturgia, musicalidade e interpretação para a cena.
São oferecidas 60 vagas, divididas em duas turmas. Para participar, é necessário ser maior de 18 anos e apresentar comprovação de que reside na Bahia. As inscrições podem ser feitas até esta quinta-feira (18), através do e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
É necessário colocar no assunto do e-mail “OFICINA JOÃO FALCÃO” e o próprio nome. No corpo do e-mail, informar nome completo, data de nascimento, endereço, telefone e breve resumo sobre trabalhos e experiências artísticas. Também é necessário enviar link de vídeo, com duração máxima de três minutos, falando sobre seu trabalho, aptidões específicas (a exemplo de canto, dança e instrumentos) e o interesse em participar da oficina.
É preciso, ainda, indicar se tem interesse em participar do processo criativo da montagem “Sonho de uma Noite de Verão”, entre janeiro e abril de 2019. Mais informações podem ser consultadas no site do Coletivo 4 ou pelo e-mail. A divulgação dos selecionados está prevista para acontecer no dia 23 deste mês.
Por dar forma aos sentimentos e à visão de mundo, a literatura tem o poder de libertar do caos e de humanizar as pessoas, nas palavras do filósofo e crítico literário brasileiro Antônio Candido. Justamente para garantir o acesso à leitura, a Prefeitura, por meio do Plano Municipal Do Livro, da Leitura e da Biblioteca (PMLLB) e com apoio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), promove a 5ª edição da Parada do Livro nesta sexta-feira (19). A atividade celebra a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, comemorada neste mês de outubro.
O evento, que consiste na distribuição gratuita de livros, ocorre no Campo Grande, das 9h às 17h. Ao todo, 19 estandes serão implantados na Praça 2 de Julho com livros distribuídos por área de conhecimento. Haverá categorias como Literatura infantil, infantojuvenil, baiana, brasileira, internacional, Artes, Religião, Ciências exatas, jurídicas e médicas.
O evento é aberto ao público e conta com a participação de estudantes de escolas da rede municipal e estadual. Voluntários distribuídos por estandes vão prestar informações e esclarecimentos ao público sobre as obras. Cada visitante terá acesso a um voucher que dá direito a três exemplares de livre escolha e, ao final, terá direito a certificado de participação.
Espaços – A FGM montou uma exposição com textos sobre Olavo Bilac, autor do Hino da Bandeira e homenageado do ano, no estande Casa das Letras. Na ocasião, acontece o lançamento do Coreto Literário, uma estrutura itinerante em forma de coreto que percorrerá todas as praças de Salvador com ações performáticas e brincadeiras para jovens e crianças, estimulando de maneira lúdica e prazerosa o hábito da leitura.
Além disso, a Tenda dos Escritores levará ao público atividades como contação de estórias, bate-papo, recital e sessão de autógrafos. Os exemplares distribuídos no evento estão sendo recebidos pela equipe do PMLLB a partir de doações feitas por pessoas físicas ou pela iniciativa pública e privada. No ano anterior, 79 pessoas participaram como voluntárias e mais de 30 mil livros foram distribuídos para a população.
“Essa é uma ação única, porque é feita por meio do voluntariado, da iniciativa de pessoas engajadas com a cultura do livro. É uma ação de baixo custo e, ao mesmo tempo, de amplo alcance. Temos muitas pessoas que vão ajudar e esse é o diferencial”, afirma a secretária do conselho diretivo do PMLLB, Lourdes de Fátima Pinto.
Parceria – A mobilização em favor da democratização da leitura conta também com a parceria da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Secretaria Municipal de Educação (Smed), Secretaria Municipal da Reparação (Semur), Conselho Regional de Biblioteconomia, Universidade Salvador (Unifacs), Universidade Católica do Salvador (UCSal), Faculdade Social da Bahia (FSBA), Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB), Unipaz, Wish Hotel da Bahia e VLEX, entre outras.
Vencedora do edital "Fábrica de Musicais", da Fundação Gregório de Mattos (FGM), a peça "Sonho de Uma Noite de Verão", de William Shakespeare, é o primeiro espetáculo promovido pelo projeto. A versão soteropolitana do clássico britânico será encenada em forma de musical, adaptado e dirigido pelo pernambucano João Falcão, com os atores participantes do grupo Coletivo 4, e encenado na atmosfera do Carnaval da Bahia. Com aporte financeiro de até R$ 600 mil, o edital pretende dar início a uma tradição de musicais em Salvador.
O edital visa a formação de um Núcleo de Produção de Teatro Musical do Teatro Gregório de Mattos, traduzindo a identidade cultural soteropolitana e valorizando as vertentes cênico-musicais predominantes da cidade. O objetivo é contribuir para profissionalização e fortalecimento de musicais na cidade, através de um intercâmbio entre profissionais de outros estados com formação e expertise no gênero e profissionais locais, para que esse conhecimento chegue até a capital baiana.
O projeto está dividido em quatro fases correlacionadas à concepção, desenvolvimento e encenação do espetáculo. Envolve também encontros e oficinas entre profissionais interessados na estética do teatro musical. Toda a ação compreende o período de 1º de outubro de 2018 a 30 de abril de 2019. A primeira fase é "Abrindo os Caminhos", que envolve lançamento do site do projeto e da oficina de João Falcão, seguida de "Botando o Bloco na Rua", com mesas e laboratórios interativos; "Colocando a Mão na Massa", com oficinas e seleção de equipe; e "Seja o que Deus Quiser", envolvendo ensaio, montagem e temporada do espetáculo em cartaz.
O diretor - João Falcão cresceu na Zona da Mata Pernambucana. Mudou-se para Recife e, aos 21 anos, fez um rebuliço na cidade com o musical "Muito Pelo Contrário" (1981) – sua estreia como diretor, escritor e compositor de um mesmo espetáculo. Daí sucederam "O Pequenino Grão de Areia", "Cara Metade", "A Ver Estrelas", "Mamãe não Pode Saber" e tantas outras: estava declarada sua cruzada contra a mania de se tratar o teatro com tanta solenidade.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1996, quando adaptou e dirigiu o clássico de Moliére, "O Burguês Ridículo", em parceria com Guel Arraes – e com ele dividiu o Prêmio Sharp de Melhor Espetáculo. Ainda nos anos 1990, destacou-se escrevendo, dirigindo e musicando "A Dona da História" (1997), feita especialmente para Marieta Severo e Andréa Beltrão; e "Uma Noite na Lua" (1998), seu primeiro monólogo, estrelado por Marco Nanini. Pela última, ganhou os prêmios Shell e Sharp por texto e direção. Ainda com Nanini e Marieta, adaptou e dirigiu "Quem tem medo de Virgínia Woolf", em 2001.
Com "A Máquina" (2000), adaptação do romance homônimo de Adriana Falcão, João fez os olhos do país voltarem-se para os até então desconhecidos Wagner Moura, Lázaro Ramos e Vladimir Brichta. Suas peças já foram traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão e hebraico, e só em 2015, seis de seus espetáculos estavam em cartaz ao mesmo tempo: "Ensina-me a Viver", "Uma Noite na Lua", "Dhrama", "A Dona da História", "Gonzagão – A Lenda" e a "Ópera do Malandro". Dentre outras peças que dirigiu e escreveu pode se destacar "Cambaio" (2002), "Clandestinos" (2008) e "Gabriela – O Musical" (2016).
Representantes do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural tomaram conhecimento, nesta terça-feira (9), do projeto de requalificação do Terreiro de Jesus. O encontro aconteceu na sede da Fundação Gregório de Mattos (FGM), no Centro, e reuniu membros do colegiado com o objetivo de apresentar as intervenções que estão sendo feitas pela Prefeitura num dos espaços mais importantes da capital baiana.
O Conselho integra a FGM e tem por finalidade garantir a preservação dos bens culturais cuja proteção seja de interesse público e pelo seu reconhecimento social no conjunto das tradições passadas e contemporâneas. Fazem parte da entidade 11 membros, provenientes de instituições como: Universidade Federal da Bahia (UFBa), Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Secretaria Cidade Sustentável e Inovação (Secis), Secretaria de Cultura do Estado (Secult), Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).
A gerente de Projetos Urbanísticos da Fundação Mario Leal Ferreira (FMLF), Yveline Hardman, explicou que a revitalização do Terreiro de Jesus foi pensada para dar mais qualidade à área, preservando toda a característica histórica que ilustra o cenário do local. “O projeto resgata elementos do trabalho do paisagista Burle Marx, concebido na década de 50, respeitando toda a questão do patrimônio, da ambiência histórica das igrejas e introduz algumas alterações necessárias em função do tempo decorrido e por ter sido anterior ao tombamento”, explicou.
O projeto original de Burle Max, disse Yveline, tinha massa arbórea mais densa. “Foi feita avaliação de como esse paisagismo iria interferir no ambiente, nos casarios, igrejas. Houve adequação a isso, inclusive com mudanças das espécies dos vegetais, por conta da altura e volume da copa”, explanou.
Além disso, rampas de acesso foram reintroduzidas e reposicionadas de acordo com a lei de acessibilidade. A iluminação cênica foi pensada para valorizar o entorno do sítio histórico, e também será reimplantado um jardim que existiu no lado oposto à Catedral Basílica de Salvador. Yveline ressaltou ainda que a requalificação da praça do Terreiro de Jesus proporcionará maior harmonia dos transeuntes com o espaço.
Ações interligadas - O Terreiro de Jesus ganhará pavimentação, recuperação dos canteiros, arborização e recuperação da fonte. A via do entorno também será beneficiada com a recolocação dos paralelepípedos. A proposta é reconstituir o piso da praça em pedras portuguesas, mantendo o desenho original, ampliar a presença das árvores laterais e recuperar a estrutura da fonte que abriga a estátua da deusa romana Ceres (agricultura).
Orçada em R$ 1,4 milhão e com previsão de conclusão para janeiro de 2019, a intervenção do local faz parte de um conjunto de ações e obras, projetadas, em andamento ou já concluídas, para requalificar todo o Centro Antigo, e que contam com um investimento de R$ 200 milhões, dentro do programa Salvador 360. Fazem parte desse conjunto de iniciativas da Prefeitura a requalificação da Avenida Sete de Setembro e das praças Castro Alves e Cairu, que em breve terão ordem de serviço assinadas. No Comércio, a revitalização da Rua Miguel Calmon já está em fase de obras, e na Praça da Inglaterra, as intervenções estão aceleradas.
Além de obras, a Prefeitura tem investindo também em equipamentos e atrações culturais para fomentar que mais pessoas circulem pelo Centro Antigo o ano inteiro, a exemplo da Casa do Carnaval e do projeto Pelourinho Dia e Noite. A gestão municipal tem atuado para estimular a ocupação e a geração de empregos na região, a exemplo da implantação do Hub Salvador e do projeto de levar órgãos públicos municipais para a região do Comércio.
Em decorrência do Festival da Primavera 2018, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) promove uma edição especial do programa “Patrimônio É”, no Espaço Cultural da Barroquinha, às 18h, desta terça-feira (25), com a roda de conversa “Museu: Uma Via para Construção da Memória da Cidade”. O evento vai colocar em pauta a discussão sobre a importância dos museus para a memória de um povo e sobre as atuais mudanças na legislação brasileira em relação a essa temática.
A roda de conversa vai reunir três grandes museólogas: Graça Teixeira, diretora do Museu Afro-Brasileiro (Mafro); Ângela Petitinga, sócia da Doc-Expõe Gestão Museulógica e Documental e Cássia Vale, coautora do projeto Patrimônio Cidadão, e pesquisadora da relação entre identidade e memória. A mediadora será a gerente de Biblioteca e Promoção do Livro e Leitura da FGM, Jane Palma.
O tema desse mês foi escolhido em referência à Primavera dos Museus realizada esse mês pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A expectativa é reunir cerca de 200 pessoas, entre guias de turismo, professores, estudantes, museólogos, historiadores, bibliotecários e demais interessados no tema. As rodas de conversa do Patrimônio É também podem ser acompanhadas pelo Facebook da FGM.
Programa – O Patrimônio É faz parte do projeto Salvador Memória Viva, que busca estimular a preservação dos bens materiais e imateriais do município, por meio do tombamento, registro especial de bens materiais e educação patrimonial. Criado em abril de 2017, o programa consiste na realização de uma roda de conversa por mês, com temáticas diversas.
Esse ano já foram promovidas discussões sobre Águas Sagradas, Centro Antigo, Olhar Fotográfico de Salvador, Independência da Bahia e monumentos públicos. Quem assistir a 75% das conversações realizadas de março a dezembro desse ano terá direito a certificado ao final do ano.
Bronze, pedra e mármore esculpidos passeiam por mãos ágeis de artesãos que burilam peça a peça sob o ritmo marcial de cinzéis, martelos, lixas e furadeiras. Como uma sinfonia, o processo reacende cores, formas e detalhes perdidos de esculturas que contam, a seu modo, o passado de uma Salvador histórica. Foi dessa forma que, em seis anos, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) restaurou 64 monumentos e instalou cinco novas peças na cidade. Outras duas obras estão sendo restauradas neste momento, e o Marco da Independência, no Campo Grande, tem licitação prevista para o mês de novembro.
“Esses monumentos figuram na paisagem urbana e oferecem valor estético e artístico aos espaços públicos, além de se constituírem em marcos de referência da história e da cultura da cidade, auxiliando na formação da identidade e da cidadania. Preservá-los é um dever do poder público e da população. Por exemplo, a homenagem ao Dois de Julho é o maior símbolo de referência à Independência da Bahia. A estátua de Castro Alves é um dos cartões postais mais lembrados da cidade do Salvador, e conserva os restos mortais do poeta em uma urna inserida em seu interior", destaca a diretora de Patrimônio da FGM, Milena Tavares.
Atualmente, a FGM realiza o restauro da estátua do Visconde de Cairu e do Monumento à Riachuelo, ambas no Comércio. Desde 2013, a cidade recebeu a estátua de Dorival Caymmi e o busto de Calasans Neto, em Itapuã; as esculturas Tulipas e Valentinas, na Praça Lord Cochrane, e o busto de João Ubaldo Ribeiro, na Pituba. Os monumentos, inclusive, têm entrado na era digital com o programa #Reconectar – através da utilização da tecnologia QR Code, os cidadãos podem acessar informações sobre as peças pelo celular ou tablet.
Marco da Independência – Os elementos em bronze, ferro e pedra que compõem o monumento passarão por limpeza, retirada de vegetação, tratamento das áreas afetadas pela oxidação e obturação de lacunas. Também será feita a reconstituição de partes perdidas pelo tempo ou pela ação de vândalos, como correção da perda de letras, placas comemorativas e partes de estátuas, além da aplicação de verniz de proteção.
“O Marco da Independência é um monumento de grande porte, que exige recursos significativos para sua recuperação. A última intervenção da estrutura ocorreu há mais de uma década. Então observamos a necessidade emergencial de recuperação. Além do desgaste de materiais, devido à exposição ao tempo e à poluição urbana, é possível observar ainda que os danos maiores ocorreram, principalmente, por causa da ação de vândalos, que quebram e levam partes do bronze que compõe as estátuas, utilizando também os degraus em mármore para manobras de skate”, lamenta Milena Tavares.
História – O marco da Independência ou Monumento ao Dois de Julho, no Largo do Campo Grande, foi inaugurado em 1895. Construída em estilo neoclássico, a peça foi esculpida na Itália em bronze, ferro fundido e mármore de Carrara pelo artista Carlo Nicoliy Manfredi e equipe, e montado em Salvador pelo engenheiro Antônio Augusto Machado. A estrutura possui 25,86 metros de altura, somando o pedestal em mármore e a coluna de bronze em estilo coríntio.
Do alto, armado de arco e flecha, o caboclo de 4,1 metros simboliza a miscigenação do povo brasileiro, que lutou a guerra da Independência. De forma intermediária, surge a figura de uma mulher representando a Bahia e a escultura simbolizando Catharina Paraguaçu, portando um escudo com os dizeres "Independência ou Morte!”. Outras estruturas presentes no pedestal representam os rios São Francisco e Paraguaçu, além das águias e leões em alusão à liberdade e à república, respectivamente.
Inquieto, o cantor e compositor Lenine volta a Salvador para reprisar, quatro anos depois, a participação no Festival da Primavera. Na estrada desde maio com o espetáculo “Em Trânsito”, o artista pernambucano oferece uma proposta voltada para o rock and roll com uma banda enxuta - guitarra, baixo e bateria -, conferindo cores intensas e uma sonoridade inconfundível às canções do álbum homônimo, capturado ao vivo. O cantor se apresenta às 21h deste sábado (22), no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho.
No repertório, Lenine traz clássicos de quase quatro décadas de carreira, como “Lá e Lô”, “Que baque é esse?”, “Lá vem a cidade” e ‘Virou areia”, permeados pelas inéditas “Intolerância”, “Leve e Suave” e “Sublinhe e releve”. A direção musical de disco e espetáculo está a cargo de Bruno Giorgi, filho do cantor. Já a banda que acompanha o artista é composta por Jr. Tostoi (guitarra), Guila (baixo), Bruno Giorgi (guitarra, bandolim e baixo) e Pantico Rocha (bateria).
Além do pernambucano, a noite de sábado no Festival da Primavera reserva também a participação da Orquestra Popular da Bahia, com o espetáculo "60 anos da Bossa Nova", levando ao bairro boêmio as participações das cantoras Ellen Wilson, Carla Visi, Cátia Guimma e Marcia Short.
Promovida pela Prefeitura sob a organização da Empresa Salvador Turismo (Saltur), a edição 2018 do Festival da Primavera segue até o dia 30 e setembro, com atrações envolvendo música, teatro, dança e gastronomia, em diversos pontos da capital baiana. A programação completa está disponível no site oficial do evento.
Após breve recesso para manutenção das vestimentas, a exposição “Orixás da Bahia” foi reaberta nesta quinta-feira (20), às 18h, no Espaço Cultural da Barroquinha, dentro da programação do Festival da Primavera 2018. Além das 14 esculturas em tamanho real dos orixás, feitas por Alecy Azevedo (in memorian) em papel machê, a novidade é o acréscimo de mais quatro representações de entidades: Ossain, Iroco, Logun Edé e Ibeji.
A exposição fica em cartaz até março. A visitação é gratuita e estará aberta de quarta a domingo, das 14h às 19h. Visitas guiadas com grupos de escolas e instituições podem ser agendas previamente pelo telefone (71) 3202-7880.
Aberta em janeiro deste ano, em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, a exposição Orixás da Bahia já foi visitada por 5 mil pessoas em sete meses. Além da mostra, os visitantes aproveitam para conhecer e reverenciar a Fonte de Oxum, Dandalunda e Aziri Tobossi, que fica no pátio do espaço, bem ao lado da Galeria Juarez Paraíso.
O gerente de Equipamentos Culturais da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Chicco Assis, ressalta a beleza e a expressividade das esculturas feitas por Azevedo. “Há uma comoção geral em quem passa pela exposição. Tem gente que quer tocar e abraçar as esculturas como se sentisse a presença viva dos deuses iorubanos. Esse é considerado também um manifesto potente de valorização e de preservação das heranças africanas tão presentes na essência do povo soteropolitano”, destaca.
Exposição – “Orixás da Bahia” é uma exposição criada em 1973 por D. Elyette Magalhães, com com 18 estátuas em tamanho natural de divindades africanas, esculpidas em papel machê pelo artista plástico Alecy Azevedo (in memorian). As obras integram o acervo do Museu da Cidade e expostas na Galeria Juarez Paraíso, Espaço Cultural da Barroquinha.
A curadoria tem assinatura do artista visual, cenógrafo, aderecista e figurinista, Maurício Martins. A consultoria religiosa foi feita por membros do Terreiro do Gantois, cuja yalorixá Mãe Menininha foi responsável por vestir os 16 orixás, na década de 1980.
O cenário projetado visa promover um diálogo entre elementos da ancestralidade e da contemporaneidade. Para recuperar as roupas (figurinos) e os adereços que vestem as esculturas de Alecy, Martins contou com a coordenação de Jane Palma e das costureiras Joselita França, Alzedite Santos, Clara Guedes e Regina Celia Santos.
Mais uma etapa para a construção do Plano Municipal de Cultura de Salvador (PMC) foi realizada nesta quinta-feira (20), com um encontro no Centro de Cultura da Câmara Municipal com o objetivo de tornar público o andamento dos trabalhos da Comissão de Articulação para Elaboração do documento e para apresentar o Diagnóstico do Desenvolvimento Cultural de Salvador.
Além de cidadãos, participaram do evento o titular da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, órgão que está coordenando a construção do documento, o presidente do Conselho Municipal de Politicas Culturais, Etenoel Cruz, o presidente da Comissão de Cultura, Silvio Humberto, o doutor em Comunicação e Culturas Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBa), Ernani Coelho, a professora e pesquisadora Daniele Canedo, e o mestre de capoeira mais antigo em atividade, Mestre Curió.
De acordo com o gestor da FGM, Salvador começou a caminhar gradualmente no processo da construção de políticas culturais nos últimos anos, com a reforma de espaços, lançamento de editais e selos e outras ações que vem fortalecendo o setor. Guerreiro destacou também que este é um momento histórico para a primeira capital do país.
“É importantíssimo discutir esse processo de sistematização porque a gente vem de uma tradição de associar cultura a algo que é puramente espontâneo, como se o artista tivesse a inspiração e pronto. A abordagem da cultura enquanto atividade estruturante ainda é superficial. A cultura hoje representa mais de 3% do PIB do Brasil e isso é interessante porque envolve o índice econômico e a possibilidade de finalmente se transformar em uma atividade que possa mover a economia como Salvador, que é vocacionada para a área cultural”, explicou.
O gestor destacou ainda que os avanços no setor cultural foram possibilitados por uma gestão participativa e destacou que Salvador está em sua segunda formação do Conselho Municipal de Politicas Culturais, no qual dez membros são ligados às linguagens artísticas, outra dezena é de membros das regiões administrativas da cidade e um terceiro grupo do poder público. O plano possuirá validade de dez anos, após aprovação na Câmara Municipal, com perspectiva de votação no primeiro semestre de 2019.
A próxima etapa será reunir a sociedade em dez encontros presenciais que ocorrerão nas regiões administrativas das Prefeituras-Bairro. A ideia será proporcionar aos cidadãos conhecer a fundo a proposta do plano e esclarecer dúvidas quando ao documento. Neste mesmo mês, deve ser aberta a consulta pública online para coleta de contribuições e validação do material produzido nas oficinas.
Na oportunidade, o presidente do Conselho Municipal de Politicas Culturais relembrou que muitas batalhas foram travadas pelos produtores e artistas que vivem de cultura em Salvador ao longo dos anos para que fossem estabelecidas diretrizes que estimulassem e valorizassem os trabalhos voltados para a cultura na cidade. “Hoje, acompanhando através do conselho os trabalhos e a legitimidade da construção desse plano, posso afirmar que é o caminho mais correto que nós temos. Estamos vivendo um momento de mobilização e é preciso que as pessoas saiam da cadeira e venham participar porque esse documento vai dar outro rumo à cidade e às politicas de cultura”, pontuou Etenoel Cruz.
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