Moradores do Bairro da Paz serão protagonistas de três espetáculos que serão apresentados neste sábado (10) e domingo (11), no palco do Teatro Gregório de Mattos (TGM), localizado na Praça Castro Alves. As apresentações são resultados das oficinas de dança e teatro ministradas através do Programa Avançar, criado pela Santa Casa da Bahia e que visa mostrar para a sociedade o que o bairro tem de melhor. Os ingressos serão vendidos na bilheteria do teatro nos dias das apresentações pelos valores de R$10 (inteira) e R$5 (meia). Qualquer dúvida pode ser tirada através do telefone (71) 2203-9784.
No sábado (10), o público poderá conferir a história de fundação do Bairro da Paz, através do espetáculo teatral, “Resistir para Existir”. Momentos importantes como a luta dos moradores na década de 1980 para conquistar o direito à moradia fixa, serão retratados no palco. Com direção do professor Luiz Bandeira e texto de Paulo Neri, a apresentação está marcada para as 19h.
A magia do “Sítio do Pica-Pau Amarelo” invade o palco do teatro no domingo (11), a partir das 17h, com uma apresentação de ballet inspirada nos contos do escritor Monteiro Lobato. A cultura popular brasileira também se fará presente no evento com o show “Corpografia Brasileira”, apresentado pelos alunos do curso de dança afro que, através das manifestações do maracatu, ritmo de origem pernambucana, abrilhantará ainda mais a noite. A direção, coreografia e seleção musical são do professor Robson Correia.
Programa Avançar – Desde a sua fundação em 2009, o programa desenvolve projetos e programas que contribuam com o desenvolvimento socioeconômico e cultural dos moradores do Bairro da Paz. O espaço oferece, de forma gratuita, cursos e oficinas para geração de emprego e renda, ações de incentivo à cidadania e protagonismo para crianças, jovens e adultos da comunidade.
Atualmente 60 crianças do participam das aulas de ballet, e mais 74 adolescentes e adultos praticam dança afro e teatro. Todos os anos, cerca de 3 mil pessoas são diretamente beneficiadas com a prestação de mais de 12 mil atendimentos sociais.
As Crianças Negras e a Literatura Infantil foi o tema da roda de conversa que reuniu dezenas de pessoas na tarde desta quinta-feira (9), na Casa do Benin. O evento fez parte da programação da Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô) e reuniu os escritores baianos Cássia Valle, Marcos Cajé e Davi Nunes.
No bate papo foram tratados temas como as dificuldades de se fazer literatura com abordagem negra para o público infantil e como estas obras impactam positivamente a vida das crianças que estão se reconhecendo enquanto indivíduos.
Para Marcos, que é mestre em História da África, os livros são instrumentos para inspirar o autoconhecimento, a representatividade e o empoderamento negro. “A literatura salva, libera e paras crianças tem um peso maior ainda”, destacou.
Já a autora Cássia Valle, que é mestre em Preservação e Patrimônio Cultural, destacou como livros que ainda são usados em sala de aula são nocivos para a formação das crianças negras. Ela avaliou que é preciso repensar qual o tipo de literatura que os professores levam para as salas de aula pois eles podem afetar a autoestima das crianças e interferir na forma delas de se compreender e entender o mundo.
De acordo com o titular da Gerência de Equipamentos Culturais da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Chicco Assis, a Casa do Benin tem uma relevância muito grande para a literatura e para a cultura negra em função de um diálogo entre Salvador e as áfricas e por estar localizada no coração do Centro Histórico.
“É importante para a Casa do Benin aproveitar esse movimento de literatura e de público no Centro Antigo para mostrar todo a riqueza do acervo. A ideia é fazer com que tanto os soteropolitanos quanto os turistas aproveitem esse espaço que tem uma arquitetura belíssima, tem peças que foram coletadas nas expedições de Pierre Verger a África e que esse movimento se fortaleça “, explicou.
Toda a programação da Casa do Benin tem um recorte da literatura negra. Até domingo, o espaço receberá diversas atividades, a exemplo da Oficina de Etnogastronomia, que acontece nesta sexta-feira (9), às 14h.
Em celebração pelo Agosto da Igualdade Racial, o documentário “Samba Junino – De Porta em Porta” será lançado gratuitamente no próximo dia 6, às 18h30, no Espaço de Cinema Glauber Rocha, e exibido durante este mês em mais quatro locais. A obra é assinada pela cineasta Fabíola Aquino, que divide direção e roteiro com Dayane Sena. Com financiamento da Fundação Gregório de Mattos (FGM), a iniciativa integra as ações de Salvaguarda do Samba Junino, coordenadas pela Prefeitura.
O documentário musical mostra o ritmo inserido em um movimento de resistência e luta da cultura negra. Produzido pela Obá Cacauê Produções, com duração de 52 minutos, o filme evidencia o surgimento do movimento oriundo dos bairros periféricos e com predominância da população negra de Salvador, tendo inicio no final da década de 1970.
A narrativa também destaca que, ao influenciar na formação da música baiana, o ritmo contribuiu para dar visibilidade a artistas como Ninha, Tatau, Tonho Matéria, Xexéu, Márcio Vitor e os Irmãos Passa-Fé, entre tantos outros. Já sonoridade marcante – com batidas aceleradas que apresentam um “samba duro”, gênero irmão do samba caboclo – e as letras melódicas do ritmo ganharam as vozes de cantores como Daniela Mercury e Jorge Zarath.
Resgate e preservação - “Toda essa memória precisava ser resgatada e preservada. A FGM deu o primeiro grande passo com o Registro da Salvaguarda em 2018. Nossa missão, com este documentário, foi construir uma narrativa que abrangesse os principais aspectos que marcam as características do samba junino”, ressalta Fabíola.
O presidente da FGM, Fernando Guerreiro, acredita que o estilo estimula o combate à intolerância religiosa e promove a igualdade racial. “A intolerância passa pelo esvaziamento de conteúdo. No momento em que contribuímos para a divulgação desse ritmo, criamos um movimento que diminui essa intolerância. Não posso deixar de destacar todos os grandes lutadores que mantêm o samba junino vivo, sejam pessoas, grupos ou heróis. São pessoas que, com ou sem condições, põem o movimento nas ruas há décadas. A minha relação com esses apaixonados pelo samba junino é de total reverência”, avalia.
Criado na comunidade do Engenho Velho de Brotas, o cantor Ninha, personagem do documentário, afirma que o samba junino faz parte de um processo de resistência do povo negro da Bahia, além de promover, de forma efetiva, o resgate das tradições populares da capital. “Muitas pessoas fizeram o samba junino acontecer. Quando começo a cantar, seja onde for, tenho a consciência que foi o samba quem me deu esse direito. Viva o samba junino!”, festeja o cantor.
Locais – Além do Espaço de Cinema Glauber Rocha, o “Samba Junino – De Porta em Porta” será lançado em mais quatro locais. No dia 9, acontecerá nos dois cineclubes Boca de Brasa: um no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), em Valéria, às 15h, e outro no Subúrbio 360, em Coutos.
No dia 11, a exibição será feita às 17h30, na Casa do Maestro, na Rua do Mestre Pastinha, 365, Federação. Por fim, o ciclo de lançamento do documentário será encerrado no dia 23, às 19h, no Colégio Estadual Cidade de Curitiba, na Rua Padre Luis Filgueiras, Engenho Velho de Brotas.
A edição de julho da roda de conversa Patrimônio É..., promovida pela Prefeitura por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), vai discutir o tema “A Criança na Capoeira”, na próxima terça-feira (30), às 18h, no Espaço Cultural da Barroquinha, no Centro. O evento é gratuito e aberto a todos os interessados.
Os convidados são Alexandra Amorim, professora de Educação Física e de Capoeira da Educação Infantil da Unifacs; Anderson Alexandre Lopes, coordenador pedagógico do Projeto Ginga de Peito Aberto; e Maria Luisa Bastos Pimenta Neves/Contramestra Lilu, que é educadora, pesquisadora e contramestra de capoeira. A mediação fica por conta do arquiteto, encenador e dramaturgo Edvard Passos.
A capoeira ajuda as crianças exercitarem não apenas o corpo, mas também a mente – tudo isso de maneira lúdica e divertida. Através dessa aparente brincadeira, são favorecidas a coordenação motora, a criatividade, a autoestima e a noção de espacialidade. Além disso, educa as crianças na administração do tempo e espaço, dentro de um movimento. O resultado observado é de pequenos mais seguros e autoconfiantes.
Educação patrimonial – O Patrimônio É... é um projeto do Salvador Memória Viva, programa de atividades de proteção e estímulo à preservação dos bens materiais e imateriais do município. Aborda a questão do patrimônio cultural em diálogo com a história, memória, arquitetura, espaço público, educação, gestão e economia da cultura.
Além de manter uma pauta fixa mensal para o tema, promove a educação patrimonial e colabora no direcionamento das ações dos institutos de tombamento e registro. Contribui, ainda, nas instâncias de salvaguarda e instrumentaliza a política municipal para atuar na valorização da memória histórica da cidade.
A atividade prossegue até novembro próximo. Este ano, os encontros já abordaram os temas “Patrimônio arqueológico: vestígios do passado”, em abril; “Avenida 7 de setembro: vetor da modernidade”, em maio; e “São Roque e São Lázaro: expressões do sagrado”, em junho.
A segunda edição do Circuito #Reconectar, iniciativa promovida pela Prefeitura por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), será iniciada nesta quarta-feira (24). Até novembro, alunos de dez escolas da rede municipal de ensino têm a chance de “voltar” ao passado da cidade, com essa história sendo contada a partir dos monumentos com as placas de QR Code.
O projeto visa estimular o interesse de estudantes, moradores e visitantes acerca dos símbolos que dão identidade e fazem parte de memória histórica de Salvador. Além disso, pretende possibilitar o acesso e divulgação de informações sobre os monumentos públicos da cidade; promover a construção de valores e pertencimento a essas obras; e diminuir atos de vandalismo.
O passeio é conduzido por um guia da Pheregrinos Culturais que, além de apresentar os pontos turísticos, situa cada um deles historicamente e interage com os jovens. A linguagem é informativa e associada às novas tecnologias, como a leitura da ficha de cada obra através do celular ou tablet com leitor QR Code.
Até novembro, participarão da atividade alunos do Fundamental II, que vão percorrer um dos dois roteiros/circuitos turísticos e históricos de Salvador, montados pela Gerência de Patrimônio Cultural da Fundação (Gepac). Por dia, acontecem duas visitas: uma no turno da manhã, das 7h30 às 11h30, e outra, à tarde, das 13h30 às 17h. A FGM contratou um serviço de ônibus para buscar os estudantes na escola e levá-los de volta, com estrutura de ar condicionado e sanitário.
Este mês, no dia 24, os alunos da Escola Municipal Jorge Amado, em Itapuã, percorrerão o Circuito 1 – Vila Primitiva, que compreende o trecho entre o Forte São Diogo ao Cristo da Barra. Já no dia 30, é a vez dos estudantes da Escola Municipal Cidade de Jequié, na Federação, percorrerem o Circuito 2 – Centro Histórico, da Praça da Sé à Praça Castro Alves. O Circuito #Reconectar tem as parcerias da Secretaria Municipal da Educação (Smed) e da Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal).
Roteiros
1 – Vila Primitiva (Forte São Diogo ao Cristo da Barra)
A rota da cidade primitiva, povoação onde estava instalada uma vila tupinambá e por onde passaram os estrangeiros que desembarcavam pela larga barra da Baía de Todos-os-Santos, ou seja, pela Ponta do Padrão, entre o Farol e o Porto da Barra. Ali se instalou Diogo Álvares, o Caramuru, e extensa família; Francisco Pereira Coutinho, capitão donatário; e depois Tomé de Sousa, governador-geral, até a fundação da cidade. Esse roteiro dá conta do cerne da cidade, chamado “caminho do conselho”, de onde saiam às principais decisões da província e onde estão importantes exemplares de templos religiosos, fortificações e marcos.
2 – Centro Histórico (Praça da Sé a Praça Castro Alves)
A rota da cidade fundada por Tomé de Sousa, primeiro governador geral do Brasil, em 1549, compreendida entre duas portas: Santa Catarina, ao norte, e Santa Luzia, ao sul. Eis a cidade planejada, o centro administrativo do país, a “Cabeça do Brasil”, onde estavam instalados importantes pólos do poder colonial: Palácio Rio Branco (sede do governo), Casa de Câmara e Cadeia, e Catedral da Sé (demolida no século XX, em prol da modernidade). A história de Fundação da Cidade do Salvador pode então ser lida através dos edifícios e monumentos instalados nesse roteiro.
O espaço Boca de Brasa do Subúrbio 360, em Coutos, realiza nesta sexta-feira (19), às 19h, mais uma edição do Palco Aberto. O evento acontece todo mês e tem o objetivo de dar oportunidade para os artistas locais se apresentarem com teatro, música, coreografia e oficinas. O tema escolhido para este mês de julho é Mulheres Negras, em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado no próximo dia 25.
O Palco Aberto terá a presença da atriz Zeca de Abreu, que fará a reestreia nos palcos do Boca de Brasa como apresentadora do evento. Nas primeiras atrações da noite, o público poderá assistir ao quadro de entrevistas Me Conte, com a estilista Mada Negrif. Ela compartilhará a trajetória no mundo da moda, mostrando os desafios e as conquistas de uma mulher negra e empoderada.
O quadro de estilo e beleza Tá na Moda deste mês levará ao Boca de Brasa o Grupo Focus Model. Com a direção de Jonas Bueno, o público poderá assistir ao desfile da grife Negrif, de Mada Negrif, em looks exclusivos, montados pela própria estilista.
Prata da Casa - Três grupos artísticos se apresentarão no quadro Prata da Casa. A Cia de Teatro Avisa Lá encenará uma esquete teatral que retrata o preconceito e o bullying sofridos por jovens mulheres negras. Já a Uzarte Dança animará a plateia com uma coreografia em cima de canções de mulheres negras do cenário pop brasileiro, a exemplos de Iza e Ludmila. A Artvidance, grupo de dança de Nova Brasília de Valéria, traz uma coreografia sobre o empoderamento negro.
Garimpando Talentos – No Garimpando Talentos, a drag Tabatha Vermont, além de apresentar um divertido número de dublagem, traz este mês ao Palco Aberto o stand up de humor Berenice, a Faxineira. Na atração, o comediante Bruno Mezenga narra as lutas da engraçada faxineira Berenice, na busca de respeito pela profissão; o Grupo Ritmo Sem Limites, de Plataforma, que mostrará todo o talento em coreografias de Dança de Rua; e as drags do coletivo As Apimentadas, que apresentarão uma coreografia com canções de divas negras do pop mundial, com danças urbanas e muito funk.
Apresentação especial – A convidada especial do Palco Aberto é a drag Ferah Sunshine, do coletivo Bonecas Pretas. Ela conduzirá dois números em homenagens a cantoras negras do Brasil. No primeiro, uma dublagem da música “Bonecas Pretas”, de Larissa Luz, em referência ao nome do coletivo. No segundo, uma dublagem da música “Abaluye”, de Clementina de Jesus, numa homenagem à cantora e compositora que completa 32 anos de falecimento, justamente nesta sexta (19).
Os artistas baianos que lidam com pinturas e grafitagem já podem se inscrever para a 13ª edição da CowParade Brasil, considerado o maior evento de arte urbana do mundo. A iniciativa foi lançada nesta terça-feira (16), no Museu Náutico da Bahia, Forte de Santo Antônio da Barra, no Farol da Barra. Estiveram presentes o prefeito ACM Neto e a sócia-diretora da Toptrends, Catherine Duvignau, empresa organizadora da exposição, além de gestores municipais e imprensa. A cerimônia de abertura ainda contou com performance da grafiteira Sista Katia, convidada para pintar uma obra ao vivo.
Na ocasião, o prefeito destacou o empenho que a administração municipal tem tido para apoiar eventos nacionais e internacionais, inclusive em ações que contemplem o segmento de arte a céu aberto. “Sabemos a repercussão que esse evento tem em diversas cidades do mundo, e é uma honra para Salvador ter sido escolhida. Se há uma coisa que estamos procurando na cidade é dar vida as coisas. Um exemplo disso é a grafitagem nas geomantas, uma iniciativa que vem se replicando em vários locais da cidade”, disse.
Com apoio da Prefeitura, através da Empresa Salvador Turismo (Saltur), a CowParade selecionará 60 projetos, nos quais os artistas poderão mostrar todo o talento não em uma tela plana ou parede, mas em uma escultura de vaca feita em fibra de vidro, com tamanho natural do animal. As inscrições podem ser feitas através do site www. cowparade. com. br até o dia 2 de agosto.
Depois que as vaquinhas receberem as intervenções artísticas, elas serão expostas em locais públicos e privados de acesso à população, a partir de 11 de outubro até 20 de novembro. As 60 esculturas pintadas ainda ficarão à mostra no Shopping da Bahia pelo período de um mês, antes de serem leiloadas. O valor arrecadado será doado para instituições beneficentes da capital baiana, que ainda estão sendo selecionadas.
O prefeito ainda complementou que Salvador tem sido alvo de estratégias da gestão para o fortalecimento do calendário de eventos, cada vez mais diversificados, e que há editais e projetos lançados através da Fundação Gregório de Mattos com intuito de fomentar e valorizar a cultura local.
Expectativa – O CowParade acontece há mais de 20 anos ao redor do mundo. No Brasil, cidades como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Goiânia e Belém já receberam a intervenção. “Estamos encaixando Salvador para o mundo, dentro do calendário mundial. Superfelizes e com grande expectativa artística para o que vai acontecer aqui”, disse Catherine Duvignau.
Madrinha da exposição e presidente de honra do Parque Social, Rosário Magalhães destacou que o CowParade é uma vitrine à arte cotidiana de Salvador: “É um evento de repercussão mundial e valoriza a arte local para que os artistas, tanto famosos quantos anônimos, se projetem. Os projetos irão embelezar a cidade e o mais importante é o cunho social por trás de tudo, já que o que for arrecadado será destinado a instituições sociais”.
Caráter beneficente – Além de expor a beleza e exuberância das obras, a exposição também visa promover a responsabilidade social. No Brasil, o projeto já arrecadou e doou mais de R$ 6 milhões para ações de responsabilidade social como Fundação Abrinq, Fundação Gol de Letra, Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Rio Inclui, Associação Voluntariado de Apoio à Oncologia (Avao), entre outras.
Ao redor do mundo, mais de 10 mil artistas já participaram da CowParade e estima-se que mais de 500 milhões de pessoas tenham visto uma das esculturas. No total, mais de US$ 35 milhões foram levantados para entidades beneficentes através do leilão das peças.
Origem – A CowParade surgiu com a ideia de um artista suíço chamado Pascal Knapp, em 1998, quando apresentou três modelos de vaca – deitada, pastando e em pé – durante um evento de arte em Zurique. Para o escultor, as vaquinhas seriam a forma mais criativa de reproduzir uma tela tridimensional para artistas locais se expressarem. Com pincéis, tubos de cola, apliques e outros tipos de adereços, o artista poderia aproveitar toda a superfície em tamanho natural, repleta de particularidades e curvas para imprimir sua arte.
Desde então, estima-se que mais de R$ 500 milhões de pessoas já se depararam com pelo menos uma obra nas ruas dentre as 97 exposições registradas em 33 países. Aqui no Brasil, 700 artistas já pintaram uma das vaquinhas. Mais de 20 milhões de pessoas já se deparam com uma das exposições.
Uma exposição criada por alunos da Escola Municipal Gersino Coelho, em Narandiba, movimentou a tarde desta quinta-feira (11) na unidade. Intitulada de Ciranda da Diversidade, a atividade foi desenvolvida através de uma parceria da instituição de ensino com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência da Universidade Federal da Bahia.
De acordo com a professora de artes visuais Suzana Castro, coordenadora do projeto, a proposta da atividade foi fortalecer a autoestima dos alunos para que eles pudessem se desenvolver melhor nos estudos de outras disciplinas. “Acreditamos que o aluno quando tem uma autoestima mais fortalecida fica apto a aprender. Como a gente nota que as vezes eles se veem de uma forma que não é a deles, se colocando loiros, brancos e com outras características divergentes, tentamos fazer o projeto de forma que ajudasse a eles a se aceitarem melhor para poder se desenvolver em outras áreas”, explicou.
Através do programa, seis bolsistas atuaram na escola. Dentro do projeto, cada um dos envolvidos desenvolveu um subtema diferente. Foram contempladas seis turmas com alunos de 1º ao 4º ano, atingindo, aproximadamente, 150 alunos.
A atividade teve início em fevereiro deste ano e encerrou nesta quinta-feira com a apresentação dos trabalhos produzidos ao longo das aulas. Alunos de toda a escola visitaram a exposição guiados por monitores da Ufba. A partir dos próximos encontros as reuniões do projeto servirão para rever os resultados obtidos nos trabalhos e avaliar quais atividades podem ser repensadas.
Dentre as atividades elaboradas pelos monitores estão as releituras de obras de artistas brasileiros e estrangeiros que, durante o processo criativo, deram liberdade aos alunos para se expressar. Dentre os artistas que serviram de inspiração destacam-se Tarsila do Amaral e Carybé.
Para que eles pudessem se autoconhecer foi proposta a criação de desenhos deles em forma de super-heróis. A partir deste resultado, criaram bonecos com massa de modelar desses personagens, e criaram histórias em quadrinho,.
O destaque das atividades ficou por conta do projeto de inclusão que em um mural trabalhou elementos da cultura afro-brasileira e africana além da criação de um alfabeto em braile para aproximar uma aluna que tem deficiência visual dos outros estudantes.
A Casa do Benin, no Pelourinho, recebe mais uma edição do Culinária Musical no próximo domingo (14), das 12h às 17h30. Idealizado pelo ator e afrochef Jorge Washington, além da feijoada de feijão preto e arrumadinho de carne de fumeiro, o projeto terá muita música. A entrada custa R$20 (em espécie) e o prato, R$30 (dinheiro ou cartão).
O Culinária Musical vem se solidificando como ponto de encontro de diversas expressões culturais do cenário artístico baiano. Além dos pratos, o público também poderá conferir a black music de Denise Correia e da banda Naveiadanêga para animar os presentes, que ainda vão curtir as participações especiais de Jacira Maria Flor, acompanhada pelo violonista Jajá Santana e da cantora Rosi Marback, trazendo muita bossa nova, MPB e samba.
Jorge Washington explica que sempre adorou cozinhar e a relação com a comida vem desde criança, passada de mãe para filho. “Eu adoro cozinhar. Cozinha é energia, é troca. Adoro ir pra feira, principalmente a Feira de São Joaquim. O Culinária Musical é a junção de tudo isso, é uma mistura de linguagens. O público é de todos os segmentos e eu fico muito feliz com isso. Comecei no Garcia, na Casa de Pedra, já fui para outros locais e agora estou na Casa do Benin e lá as pessoas já entram e dialogam com as exposições, e isso é muito forte. É essa vivência que me faz feliz”, conclui.
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