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Vencedora do edital "Fábrica de Musicais", da Fundação Gregório de Mattos (FGM), a peça "Sonho de Uma Noite de Verão", de William Shakespeare, é o primeiro espetáculo promovido pelo projeto. A versão soteropolitana do clássico britânico será encenada em forma de musical, adaptado e dirigido pelo pernambucano João Falcão, com os atores participantes do grupo Coletivo 4, e encenado na atmosfera do Carnaval da Bahia. Com aporte financeiro de até R$ 600 mil, o edital pretende dar início a uma tradição de musicais em Salvador.

O edital visa a formação de um Núcleo de Produção de Teatro Musical do Teatro Gregório de Mattos, traduzindo a identidade cultural soteropolitana e valorizando as vertentes cênico-musicais predominantes da cidade. O objetivo é contribuir para profissionalização e fortalecimento de musicais na cidade, através de um intercâmbio entre profissionais de outros estados com formação e expertise no gênero e profissionais locais, para que esse conhecimento chegue até a capital baiana.

O projeto está dividido em quatro fases correlacionadas à concepção, desenvolvimento e encenação do espetáculo. Envolve também encontros e oficinas entre profissionais interessados na estética do teatro musical. Toda a ação compreende o período de 1º de outubro de 2018 a 30 de abril de 2019. A primeira fase é "Abrindo os Caminhos", que envolve lançamento do site do projeto e da oficina de João Falcão, seguida de "Botando o Bloco na Rua", com mesas e laboratórios interativos; "Colocando a Mão na Massa", com oficinas e seleção de equipe; e "Seja o que Deus Quiser", envolvendo ensaio, montagem e temporada do espetáculo em cartaz.

O diretor - João Falcão cresceu na Zona da Mata Pernambucana. Mudou-se para Recife e, aos 21 anos, fez um rebuliço na cidade com o musical "Muito Pelo Contrário" (1981) – sua estreia como diretor, escritor e compositor de um mesmo espetáculo. Daí sucederam "O Pequenino Grão de Areia", "Cara Metade", "A Ver Estrelas", "Mamãe não Pode Saber" e tantas outras: estava declarada sua cruzada contra a mania de se tratar o teatro com tanta solenidade.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1996, quando adaptou e dirigiu o clássico de Moliére, "O Burguês Ridículo", em parceria com Guel Arraes – e com ele dividiu o Prêmio Sharp de Melhor Espetáculo. Ainda nos anos 1990, destacou-se escrevendo, dirigindo e musicando "A Dona da História" (1997), feita especialmente para Marieta Severo e Andréa Beltrão; e "Uma Noite na Lua" (1998), seu primeiro monólogo, estrelado por Marco Nanini. Pela última, ganhou os prêmios Shell e Sharp por texto e direção. Ainda com Nanini e Marieta, adaptou e dirigiu "Quem tem medo de Virgínia Woolf", em 2001.

Com "A Máquina" (2000), adaptação do romance homônimo de Adriana Falcão, João fez os olhos do país voltarem-se para os até então desconhecidos Wagner Moura, Lázaro Ramos e Vladimir Brichta. Suas peças já foram traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão e hebraico, e só em 2015, seis de seus espetáculos estavam em cartaz ao mesmo tempo: "Ensina-me a Viver", "Uma Noite na Lua", "Dhrama", "A Dona da História", "Gonzagão – A Lenda" e a "Ópera do Malandro". Dentre outras peças que dirigiu e escreveu pode se destacar "Cambaio" (2002), "Clandestinos" (2008) e "Gabriela – O Musical" (2016).

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