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A Guarda Civil Municipal (GCM) já recolheu 134 documentos perdidos ao longo dos circuitos do Carnaval entre quinta (8) e segunda-feira (12). Os pertences, que foram encontrados ao longo dos percursos da folia, incluem RG, CPF, título de eleitor, cartões de crédito, passaporte, carteiras de plano de saúde, crachás de identificação profissional, chaves, celulares e até mesmo uma certidão de óbito.

Os materiais são devidamente higienizados, catalogados pelos agentes e, durante a Festa de Momo, ficam disponíveis, das 7h às 19h, na Base da Guarda Civil Municipal, na Estação da Lapa, no Terreiro de Jesus, Pelourinho, nº 11 (ao lado da Joalheria Lasbonfim) e no Centro Municipal de referência LGBT+ Vida Bruno, em Ondina.

Os pertences foram resgatados nos circuitos da folia, com maior incidência no Circuito Dodô (Barra/Ondina). O coordenador de Ações e Prevenção à Violência do Município, James Azevedo, explica que os documentos que não forem procurados na sede da GCM serão entregues aos respectivos órgãos emissores, onde os cidadãos poderão realizar a retirada a partir de então.

"Pioneira neste serviço, há quase dez anos, a Guarda realiza o recolhimento e coleta de documentos encontrados ao longo do circuito. Com o uso do documento digital, meios de pagamento por aproximação e outros avanços da tecnologia, a tendência é que o número de documentos físicos perdidos seja menor a cada ano. Além disso, outras forças de segurança e instituições se engajaram nessa prestação de serviço, que segue necessária", detalha o Coordenador de Ações de Prevenção à Violência, James Azevedo.

Após a folia momesca, os documentos perdidos durante o Carnaval 2024 podem ser recuperados até o dia 14 de março, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na sede da Guarda Civil Municipal (GCM), na Avenida San Martin, ao lado do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães.

Antes, o cidadão deve acessar o site http://guardamunicipal.salvador.ba.gov.br e clicar na opção "Achados e Perdidos", para ver a relação de documentos encontrados pelos agentes.

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A Prefeitura de Salvador lançou uma cartilha de combate ao racismo para os foliões que estão curtindo o Carnaval 2024 na capital. Bem didática, a publicação busca conscientizar as pessoas com orientações de como evitar palavras e expressões que perpetuam o racismo e que devem ser eliminadas do dia a dia. Intitulado “Não deixe o racismo estragar nossa folia”, o material foi produzido em parceria com o Instituto Commbne e está sendo distribuído nos circuitos da folia.

“Entendemos que o momento do Carnaval serve também para tratarmos de temas necessários, como o combate ao racismo. E essa cartilha, que uniu algumas secretarias da nossa gestão e uma entidade da sociedade civil que busca exatamente essa conexão da comunicação antirracista no mundo inteiro, é um instrumento eficaz, uma vez que recebemos aqui, no período da folia, pessoas de todas as partes do planeta”, explicou Renata Vidal, secretária municipal de Comunicação.

De acordo com a publicação, a promoção da igualdade racial e do enfrentamento ao racismo são pautas prioritárias para a Prefeitura de Salvador e, por meio de políticas públicas consolidadas e intersetoriais, que incluem também campanhas e ações educativas, o município busca sensibilizar e conscientizar os cidadãos. Uma dessas formas, ressaltou Vidal, é a comunicação antirracista, fundamental para construir uma sociedade que respeite a dignidade de cada pessoa.

A Prefeitura de Salvador conta com uma pasta que é a instância responsável, através da transversalidade, por articular, junto às instituições governamentais e não governamentais, políticas públicas de promoção da equidade racial, a inclusão socioeconômica da população negra e a valorização da diversidade, que é a Secretaria Municipal da Reparação (Semur).

Para a secretária da Semur, Ivete Sacramento, “combater o racismo é um dever de todos nós, negros e não negros, e esta Cartilha integra as estratégias adotadas pelo município para o combate ao racismo e a promoção da equidade Racial, como o Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI) e o Observatório da Discriminação Racial, LGBT+ e Violência contra Mulher”.

“A cartilha é um relevante instrumento na perspectiva do letramento racial, ao passo que utiliza dos instrumentos próprios da comunicação com vistas a contribuir para efetiva reparação. Estratégias estas que cumprem o disposto na Lei 9.451/2019, o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa de Salvador, regulamentado em sua integralidade, também de forma pioneira, no município”, destacou a titular da Semur.

O Instituto Commbne é uma organização fundada em Salvador, que tem como objetivo conectar comunicadores e perspectivas sobre comunicação negra e/ou antirracista, em nível global. O Instituto busca disseminar perspectivas inovadoras sobre comunicação, inovação, raça e etnia no contexto da diáspora africana, bem como, aprimorar a formação de estudantes e profissionais da área e fomentar o intercâmbio de experiências e narrativas em uma rede unificada.

“Para o Instituto Commbne, que conecta pautas sobre comunicação, inovação, raça e etnia, contribuir para o enfrentamento ao racismo no maior carnaval do mundo, o de Salvador, é uma honra. Temos um compromisso ético com a nossa ancestralidade e memória. Por isso, precisamos cuidar dos direitos da população negra de todas as formas, sobretudo através da nossa fala e formas de expressão. Racismo é crime e comunicação é um direito humano fundamental”, destacou Midiã Noelle, diretora geral da organização Commbne.

Expressões racistas - A cartilha traz uma lista de alternativas para substituir expressões racistas, como: em vez de falar “a coisa tá preta”, usar “a coisa está complicada”, ou em bom baianês “é laranjada”. Outro exemplo é usar “difamar” ou “caluniar” em vez de “denegrir”. O encarte ainda recomenda não falar “cabelo ruim”, mas “cabelo crespo, cacheado”. E alerta: “Lembre-se: ruim é o racismo”!

Para a Prefeitura, o ideal é que o folião celebre o Carnaval com respeito e inclusão e que, ao eliminar expressões racistas e ações discriminatórias, as pessoas contribuem para a construção de uma festa sem violência. A cartilha uniu ações das secretarias municipais de Comunicação (Secom), Reparação (Semur) e de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ).

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Em clima de despedida do Carnaval 2024, os Circuitos Dodô (Barra/Ondina) e Osmar (Campo Grande) trazem uma programação repleta de grandes artistas nesta terça (13), último dia da folia, com a presença de blocos, mas também de muitos trios sem cordas, voltados para o folião pipoca.

Na Barra, a partir das 15h, desfilam atrações diversas, a exemplo de Escandurras, que abre os desfiles em trio sem cordas. O circuito terá a passagem de blocos de cordas como Camaleão, com Bell Marques, e Largadinho, com Claudia Leitte.

No entanto, a maior parte dos desfiles será de trios sem cordas, a exemplo de Hiago Danadinho; Trio do Arrocha, com Thiago Aquino, Silvano Sales e Kart Love; Praieiro, com Daniel Vieira; projeto Frevor, com Bailinho de Quinta; Guig Ghetto; Armandinho Dodô e Osmar; Leo Santana; A Mulherada; Lincoln; Malê Debalê; Tayrone; La Furia; Luana Monalisa; O Erótico; Attoxxa e A Dama.

No Campo Grande, a festa inicia de manhã, às 11h, com uma programação voltada para as crianças. O primeiro trio infantil a desfilar será o Vamos Nessa, com a presença das bandas Nego Léo, Sambari e Quero Amor, e o segundo será Tio Paulinho, com Tio Paulinho e Tio Elétrico. O único bloco com cordas a desfilar será As Muquiranas, comandado por Parangolé, e com previsão de saída prevista para 15h45.

O restante da programação é toda composta por trios e blocos sem cordas, a exemplo de Mudei de Nome; Guig Ghetto; Ivete Sangalo; Olodum; Pipoca do Durval; Pipoca de Saulo; Daniela Mercury; Xanddy Harmonia; Timbalada sem cordas; Alexandre Leão; Muzenza; Ilê Aiyê e Jau.

Programação — O Carnaval de Salvador acontece entre os dias 08 a 14 de fevereiro. A programação completa pode ser acessada no site https://carnaval.salvador.ba.gov.br/ e no @‌salvadormeucarnaval no Instagram.

Reportagem: Priscila Machado / Secom PMS

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A tendência apresentada por plataformas como AirBnB e Decolar, que apontavam Salvador como o destino mais procurado do Brasil neste verão, se confirmou. Com as ruas tomadas por milhões de pessoas todos os dias neste Carnaval 2024, a capital baiana recebe uma quantidade expressiva de turistas, vindos de todas as partes do país e do mundo, para curtir a maior festa popular do planeta.

O grande volume de visitantes é confirmado pelo balanço divulgado pela Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) de Salvador. De acordo com a pasta, a taxa de ocupação do setor hoteleiro durante o Carnaval atingiu a marca de 93% no último domingo (11), um crescimento de 10% no comparativo com o mesmo período da folia do ano passado.

O bom resultado também pode ser notado através do volume de desembarques aéreos e terrestres na capital baiana durante os dias de folia. O Aeroporto de Salvador contabilizou 314 pousos em 2024, frente a 276 em 2023 (aumento de 13,7%), enquanto a Rodoviária registrou um crescimento de 41% na quantidade de chegadas de ônibus na cidade: 2.005 frente a 1.419 no ano passado.

Em Salvador desde quinta-feira (8), o folião Caio Reis veio com a esposa Liliane Lucena para curtir os tradicionais blocos Camaleão, comandado por Bell Marques, e Coruja, de Ivete Sangalo. Estreante, o casal paulista se mostrou encantado pela festa. “Essa é a nossa primeira vez no Carnaval de Salvador. Sempre foi um sonho, e neste ano pudemos realizar. Como todos falam, é o melhor Carnaval do mundo. Nada se compara”, relatou Caio.

Enquanto alguns estreiam, outros não perdem a folia um ano sequer. De volta à cidade pelo sexto ano seguido, o turista Alexandre Silva, de 59 anos, elogiou a organização da festa. “O Carnaval deste ano está ainda mais organizado. Percebi que houve melhorias na logística para acessar o circuito e na organização dos espaços. Encontramos vários funcionários da Prefeitura entregando informativos aqui na Barra. Isso é muito positivo”, disse.

Diferencial - O cearense André Henrique, de 35 anos, compareceu, no último domingo (12), ao Circuito Dodô (Barra/Ondina), com mais dois amigos, para curtir a cantora Ivete Sangalo. Na capital baiana pela quarta vez. “Salvador tem uma cultura riquíssima que atrai pessoas de todos os estados do país. Não tem como não se apaixonar pela culinária, belezas naturais e história desta cidade”, disse.

O diretor de Turismo da Secult, Gegê Magalhães, destacou que a Prefeitura de Salvador tem investido em uma série de ações para atrair e promover a melhor experiência para os visitantes. “Realizamos receptivo no aeroporto, rodoviária, porto e rodovias, colocamos pontos de hidratação e serviços de protetor solar, espalhamos promotores nas ruas para falar da cidade e também divulgar o site salvadordabahia.com, entre outras ações. Tudo isso deixa as pessoas mais à vontade”, destacou Gegê.

O dirigente da Secult afirmou que Salvador já atingiu o pico e projetou um volume ainda maior de turistas no próximo verão. “Acredito que o movimento turístico vai crescer ainda mais, mas não nesse Carnaval, porque já atingimos o pico. Mas creio que no ano que vem teremos um Carnaval ainda mais forte. Vamos nos preparar ainda mais, porque o mundo vem para Salvador”, disse.

Reportagem: Iago Maia / Secom PMS

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Salvador conta com o Observatório da Discriminação Racial, LGBT e Violência contra a Mulher, que mantém atuação contínua durante todos os dias do Carnaval, fazendo um mapeamento e registro das ocorrências de discriminação racial, violência contra mulheres, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na festa.

De forma multidisciplinar, envolvendo diversos órgãos da gestão municipal, a estrutura é coordenada pelas secretarias da Reparação (Semur) e de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ). Pioneira no Brasil, a proposta visa construir indicadores que sejam utilizados como subsídios para a formulação e implantação de políticas públicas.

Titular da Semur, Ivete Sacramento ressalta alguns avanços alcançados a partir das observações e registros feitos no local. Ela lembrou que, recentemente, a Prefeitura de Salvador ampliou os espaços voltados à comunidade LGBT, com a criação do Coreto Colorindo Salvador, no Largo Dois de Julho, e também de mais um palco da diversidade na Barroquinha.

Além disso, no ano passado, foi criado o Desfile Rainha LGBTRANS na folia, que se uniu ao Concurso Nacional de Fantasia Gay, evento que chega à 25º edição.

“Nós já tínhamos percebido que a cidade recebe muitos turistas LGBTs durante o Carnaval e que alguns blocos, principalmente os que saem na Barra, acolhem esses turistas de classe média. Então, a criação desses espaços é fruto de pedido das comunidades LGBTs, mas também do observatório, que mostrou a necessidade de ações específicas para esse público”, explica.

Aspectos - A secretária destacou que o órgão está fazendo uma observação especial em relação a três aspectos da folia: aos espaços novos de convivência do público LGBT; aos blocos afros, afoxés e entidades negras; e, em parceria com a Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), um olhar para o uso de drogas no Carnaval.

“A gente precisa ter uma observação especial neste Carnaval, que tem como tema Salvador Capital Afro, para a gente entender o movimento dos blocos afros, afoxés e entidades negras. Estamos tendo esse olhar tanto para as instituições carnavalescas grandes como para as menores. E a gente vai poder, no relatório de 2024, apresentar implantações viáveis para essas instituições”, afirmou a secretária.

Os resultados são apresentados em um relatório geral anual, que começa a ser discutido já na Quarta-Feira de Cinzas. “Mesmo antes de ser apresentado para o público, as recomendações já começam a ser encaminhadas para os órgãos, empresas e instituições que cometeram algum delito”, acrescenta.

Violência contra mulher – Segundo a titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo, os avanços alcançados hoje pela pasta de combate à violência contra a mulher são fruto de ações oriundas de sugestões do observatório de anos anteriores para a melhoria da condição do público feminino no espaço do Carnaval.

“Hoje, nós temos os Centros de Referência de Atenção à Mulher na rua no período da festa e muitas ações preventivas de campanha, como ‘Meu Não é Lei; Depois do Não, Tudo é Assédio’. Inclusive, com base nessas informações, nós já estamos estruturando no município a ideia de um comitê com um olhar de gênero”, afirmou Fernanda.

Ela ressaltou que a proibição das pistolas d’água durante o desfile do bloco As Muquiranas é fruto de várias sinalizações da Segurança Pública e do Ministério Público da Bahia, mas também oriunda de vários registros e encaminhamentos feitos pelo observatório em relação à atuação do bloco.

“Há também ações relacionadas às condutas de espaços, iluminação, designação de melhorias de becos e vielas, que foram redimensionados pela estrutura municipal também para coibir situações de violência contra a mulher. A proposta é que a gente continue observando, seja na música, seja na rotina dos foliões, formas para criar políticas públicas mais seguras para as mulheres no Carnaval de Salvador”, acrescentou a secretária.

Registros – Este ano, o Observatório da Discriminação Racial, LGBT e Violência contra Mulher atua com 110 agentes de observação espalhados pelos principais circuitos do Carnaval, além de uma central e de cinco torres para suporte aos colaboradores.

Além dos registros feitos pelos agentes, os foliões podem registrar situações de discriminação racial, LGBTfobia e de violência contra mulheres por meio do WhatsApp (71) 98622-5494 ou do site da Semur (reparação.salvador. ba.gov.br)

Este ano, o observatório lançou uma cartilha com orientações sobre o racismo e com dicas sobre as fantasias e sobre como substituir expressões racistas por outras não racistas. Além disso, um folheto foi criado com um QR Code para que o folião também possa ser um observador, colaborando com o registro de informações do observatório. A cartilha e o panfleto estão disponíveis nas redes sociais da Semur e estão sendo distribuídos na folia.

Durante o ano todo, uma Unidade Permanente do Observatório funciona no Clube de Engenharia da Bahia, na Avenida Carlos Gomes, e atende diariamente das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, no telefone (71) 3202-2700. Inclusive, o espaço permanente, que está completando dez anos, é fruto do observatório provisório do Carnaval.

O equipamento é um espaço de acompanhamento e encaminhamento de casos de discriminação e violência, e também promove pesquisas com o objetivo de fornecer dados sobre como a sociedade se comporta frente a discriminação racial e LGBT.

Reportagem: Priscila Machado / Secom PMS

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O Conselho Tutelar, órgão vinculado à Secretaria de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) de Salvador, realizou mais uma ação de prevenção na segunda-feira (12), percorrendo os circuitos do Carnaval. A medida tem o objetivo de identificar crianças e adolescentes e seus responsáveis, a fim de coibir o trabalho infantil e garantir a proteção dos menores na festa.

Durante a ação, o Conselho Tutelar realiza o cadastro dos menores, a fim de ajudar na localização da família caso eles desapareçam. Além disso, os conselheiros apresentam aos ambulantes os Centros de Acolhimento, Aprendizagem e Convivência (CAAC), montados pela Prefeitura próximos aos circuitos com o objetivo de acolher filhos dos trabalhadores durante a folia, para que não fiquem nas ruas e assim protegê-los de situações de risco.

Segundo a conselheira tutelar Mianga Gavião, do primeiro dia de Carnaval, quinta-feira, até a segunda-feira (12), mais de 800 crianças e adolescentes foram cadastrados pelo órgão e orientados em meio à folia. Destes, cerca de 300 passaram por situações que constituem ameaças à violação de direitos. “Em primeiro lugar, vemos casos de vulnerabilidade e risco. Em segundo lugar, temos, infelizmente, casos de trabalho infantil”, disse.

Quando as situações de risco são observadas pelos membros do Conselho Tutelar, é feito um trabalho de conscientização dos responsáveis. No caso dos ambulantes, os pais são informados sobre os serviços oferecidos pelos CAAC. "Lá, as crianças têm alimentação, local adequado para dormir, além de atividades recreativas e segurança, enquanto seus pais trabalham na folia. Também é assegurado pelo serviço a convivência familiar, onde os pais podem visitar as crianças e evitar o rompimento dos vínculos", afirmou Mianga Gavião.

Já nos casos mais graves, a conselheira tutelar afirma que uma advertência pode ser aplicada aos responsáveis, ou é realizado o acionamento de equipes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente (DERCCA). "Rodamos todos os circuitos em uma ação articulada com os demais órgãos da rede", completou.

A vendedora ambulante Ana Paula Santos, que atua nas proximidades do Morro do Cristo, na Barra, revelou que o acolhimento oferecido pela Prefeitura propicia uma maior tranquilidade aos trabalhadores. "Meu filho tem apenas cinco anos, e é muito arriscado trazê-lo para cá, onde ele estaria suscetível a qualquer tipo de agressão. Por isso, preferi deixá-lo no CAAC. Não vejo a hora de levar ele de volta pra casa e apertá-lo", disse.

Já a técnica de enfermagem Francimeire Augusto, moradora de Candeias, parabenizou a Prefeitura de Salvador pelo trabalho de identificação dos jovens. "É o primeiro Carnaval em que trago a minha filha. É uma festa aberta ao público, né? Qualquer descuido a criança pode se perder. Com a pulseira de identificação, fica muito mais fácil localizar os pais. Essa ação nos tranquiliza bastante", afirmou.

Titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo afirmou que 120 conselheiros tutelares estão atuando no Carnaval de 2024. "É uma atuação de proteção integral das crianças e adolescentes do circuito do Carnaval, onde eles abordam, acompanham e aplicam as medidas de proteção necessárias quando há identificação de violações”, disse.

“Eles estão em cinco espaços, sendo três circuitos e dois externos, para atender também toda a cidade. Há equipes próprias para atuação direta nos casos de acionamento da rede ou de identificação direta por parte deles, além da identificação de crianças e adolescentes também no circuito do Carnaval", destacou a gestora.

Confira onde estão as unidades do Conselho Tutelar:

Nos circuitos

POSTO 01: Conselho Tutelar XV - Barra
Rua Manoel Barreto 415, Graça. Tel: (71) 3202-7365/99737-0468

POSTO 02: Escola Estadual Ursúla Catharino
Travessa Nossa Senhora do Rosario, Dois de Julho. Tel: (71) 99731-3375

POSTO 03: Escola Estadual Evaristo da Veiga
Avenida Anita Garibalde, Ondina. Tel: (71) 99733-2836

Fora dos circuitos

Conselho Tutelar VIII - Cajazeiras
Estrada do Coqueiro, Fazenda Grande II. Tel: (71) 3202-7358

Conselho Tutelar XVII - Pituba
Alameda das Espatodeas, Pituba. Tel: (71) 3202-7367

Reportagem: Mattheus Miranda / Secom PMS

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O 25º Concurso Nacional de Fantasia Gay e o 2º Desfile Rainha LGBTRANS do Carnaval de Salvador movimentaram a segunda-feira (12) de folia na Praça Municipal. Os eventos são ações afirmativas destinadas às candidatas e candidatos LGBT+, com foco na alegria carnavalesca, nas fantasias, simpatia e performance dos participantes.

Para o Desfile, cada inscrito teve direito a cinco minutos de apresentação. Dez candidatas participaram do evento, cada uma executando um número autoral, sob avaliação do corpo de jurados. A jovem trans Nola Andrade, conhecida como Nola Criola, de 25 anos, foi eleita rainha. “É uma responsabilidade grandiosa que eu pretendo levar com seriedade. Estou emocionada, principalmente sendo uma travesti preta, assumindo tal cargo” disse.

Natural de Itapucuru, no interior do estado, Nola mora no bairro de Pirajá, "Estou muito grata e emocionada. Para mim, é uma responsabilidade grande ser rainha, principalmente sendo travesti. É uma representação fiel de toda uma comunidade e pretendo levar esse legado, construindo construir algo coerente. Dedico o prêmio para a minha família, que está toda no interior, e que eu gostaria muito que estivesse aqui neste momento", disse a majestade, emocionada.

A primeira princesa foi Havena Drummond, de 25 anos, do bairro de São Cristóvão, enquanto a segunda foi Jackellyne Santos Coelho, 37, do bairro de Sete de Brasil. Para participar do 2º Desfile Rainha LGBTRANS, era necessário ter idade mínima de 18 anos e máxima de 60; ser natural da Bahia ou residir em alguma cidade baiana há mais de três anos consecutivos. 

Segundo o coordenador do Centro Municipal de Referência LGBT+ Vida Bruno, Marcelo Cerqueira, as atrações fazem parte de uma política afirmativa da Prefeitura de Salvador. 

"Mais um ano de concurso. É um trabalho muito gratificante, porque é algo em prol da comunidade LGBT+ de Salvador que participa. Neste ano, temos o segundo ano da Rainha LGBTRANS do Carnaval que teve uma receptividade incrível. Os jurados foram super criteriosos no julgamento para não haver injustiça, porque aqui é uma festa para todos nós", frisou Cerqueira. 

Para a avaliação, foram levados em conta a sociabilidade e facilidade de expressão; a simpatia e espírito carnavalesco e o domínio da arte da apresentação. A Rainha do Carnaval recebeu um prêmio de R$ 2,5 mil, a primeira princesa, de R$ 1,9 mil, e a segunda, de R$ 1,5 mil. 

Fantasias - A 25ª edição do Concurso Nacional de Fantasia Gay do Carnaval de Salvador teve duas categorias de premiação: a luxo e a originalidade. 

Foram três prêmios para a categoria luxo: R$9 mil para o primeiro lugar; R$8 mil para o segundo e R$7 mil para o terceiro. A categoria originalidade também teve três premiações: R$7 mil para o primeiro, R$6 mil para o segundo e R$5 mil para o terceiro.

A eleição das melhores fantasias de luxo levou em conta a beleza, elegância, simpatia, desenvoltura na passarela, pedraria, penas, postura, andar e também o valor gasto por candidato/candidata na produção da roupa. Este é um dos desfiles mais esperados, devido à apresentação das roupas luxuosas e bonitas de apreciar. 

Luxo - Vestida de Malévola, vilã da Disney, a pernambucana Kamylla Silva, de 30 anos foi classificada em primeiro lugar. Pelo segundo ano consecutivo, ela venceu na categoria luxo, dessa vez, com uma fantasia de 60 quilos de pedras, adereços como plumas, lantejoulas e penas de faisão. 

O segundo lugar foi para Sandra Farias, 48 anos, também de Pernambuco; enquanto a terceira colocação ficou com o juazeirense Geraldo Pontes. "Eu tenho a maior satisfação de saber que um estado tão grande, do Carnaval do Axé, dá a oportunidade. É muita felicidade construir nosso trabalho, mostrar que temos potencial", revelou Sandra. 

Ela conta que chegou a gastar R$ 50 mil com a fantasia. "Só as esculturas, custam na média três mil reais, fora os brilhos, as plumas, é muita coisa. Nós traduzimos o personagem para o povo, com brilho e luxo".

Originalidade - O primeiro lugar na categoria originalidade venceu Michelle Almeida, 28 anos, natural de Recife, Pernambuco, enquanto a segunda colocação ficou com Severino Queiroga com a alegoria dedicada ao Bloco Olodum. Com a fantasia “Os Anjos Feriram-se”, trazendo o tema da guerra de Israel e Palestina, Antônio Matos, 38 anos, ganhou o terceiro lugar. 

Na categoria originalidade, os critérios são mais simples, como a semelhança com a ideia original e criatividade para a produção das peças. Nessa modalidade, é proibida a utilização de materiais preciosos que possam dar conotação de luxo. 

Ao todo, o Concurso Nacional de Fantasia Gay teve 11 fantasias de originalidade e oito fantasias de luxo de grande porte.

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Em tarde de público recorde, o Circuito Osmar voltou a ser palco, nesta segunda-feira (12), de um dos momentos mais marcantes do Carnaval 2024. O cantor Igor Kannário justificou, mais uma vez, o apelido de “Príncipe do Guetto” e arrastou uma multidão de fãs de diferentes idades durante a passagem pela tradicional avenida.

O cantor, que completa 25 anos de carreira e dez anos de pipoca em 2024, iniciou o desfile por volta das 16h30, puxando as músicas “Embrazando” e “Sai da Frente que Lá Vem a Zorra”. Contudo, o ápice da apresentação foi a passagem pela Passarela Nelson Maleiro. Na ocasião, Kannário tocou a aposta do Carnaval “Bota pra Virar" e fez o público sair do chão.

A surpresa da apresentação, no entanto, foi a gravação do DVD “Kannário 2.0: A História Continua”, que contou com participação do trapper Teto, natural de Jacobina, e da pagodeira Aila Menezes. A baiana, inclusive, destacou que o pagodeiro é “de verdade” e “representa verdadeiramente a música baiana”.

O fã Tiago Silva, de 27 anos, saiu com mais cinco amigos do bairro de Águas Claras somente para acompanhar a passagem do artista no Campo Grande. "O homem é barril dobrado. Nós viemos para curtir o som do cara. É o dono do Carnaval", afirmou.

Apoio - E não parou por aí. Durante a passagem pelas emissoras de televisão, Kannário declarou torcida por Davi Brito, participante do reality show Big Brother Brasil 24 e prometeu realizar um show gratuito caso o soteropolitano saia vencedor da competição.

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Nem só de pagode e axé é feito o Carnaval de Salvador. Na Varanda da Folia, no Circuito Osmar (Centro), a diversidade de gêneros é a marca principal. Depois que os trios passam, a multidão se reúne para curtir shows exclusivos. Nesta segunda-feira (12), a lambada de Beto Barbosa animou a galera.

O cantor elogiou a estratégia da Prefeitura de colocar, pelo segundo ano consecutivo, mais um espaço para fortalecimento das atrações no local. A Varanda da Folia faz parte do projeto Cole no Centro, que incentiva a festa no circuito mais tradicional da cidade.

“Isso é maravilhoso, é mais uma ideia da Bahia. O trio passa e fica aquele vácuo no meio, então vamos colocar o povo para dançar ali. De repente, quem gosta fica, quem não gosta vai andando, e isso é o Carnaval”, disse ele.

No ano passado, Beto Barbosa marcou presença no Carnaval soteropolitano ao lado da cantora Claudia Leitte. Ele conta que Salvador tem um lugar guardado em seu coração.

“Beto Barbosa sempre tocou em Salvador. É um momento onde as pessoas tocam muito a minha música, é uma música festiva, alegre, dançante. O Carnaval é isso: ele não tem um segmento, é a festa do povo, onde cada um dança como quer, mostra a sua cultura, a sua energia. Isso é o Carnaval”, completou.

Programação - A Varanda da Folia abriu a segunda-feira (12) de Carnaval com show do FitDance. O grupo apresentou um vibrante repertório de coreografias para os foliões. A grade ainda teve o cantor Gerônimo, ícone da música baiana, que levou para o palco hinos carnavalescos.

A artista elogiou a varanda na Passarela Nelson Maleiro e disse torcer para que o projeto continue nos próximos anos. “Toda ideia boa fica. Eu espero que a Varanda da Folia permaneça pelos próximos anos”, afirmou.

Antes da apresentação, Gerônimo não quis fazer previsão do seu show. Segundo ele, a emoção do público conduziria a festa. “Eu vou sempre tentar fazer o melhor do meu trabalho, observando os espaços e vendo os melhores momentos”, explicou.

Em seu terceiro dia de Carnaval no Circuito Osmar, a enfermeira Jéssica Costa, de 28 anos, aprovou a ideia da Varanda da Folia. Junto com amigos, ela fixou ponto nas proximidades do Teatro Castro Alves. “Achei esse ano bem tranquilo. Fico aqui olhando a passagem dos trios e depois aproveito os shows”, contou.

Nesta terça-feira (13), sobem ao espaço Fit Dance, David Moraes, Nadjane, Dan Valente, Marcionílio Prado e Caramba Cara.

 

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